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Geórgia descarta amparar refugiados que estão na União Europa

A ideia de instalar um centro de amparo para refugiados no país havia sido sugerida pelo ministro das Relações Exteriores austríaco

Refugiados: segundo a Chancelaria, este é um tema que "não está na agenda das relações com a UE (Lauren DeCicca/Getty Images)

Refugiados: segundo a Chancelaria, este é um tema que "não está na agenda das relações com a UE (Lauren DeCicca/Getty Images)

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EFE

Publicado em 6 de março de 2017 às 11h23.

Tbilisi - A Geórgia descartou nesta segunda-feira a instalação em seu território de um centro de amparo para refugiados que estão na União Europeia (UE), como sugeriu o ministro das Relações Exteriores austríaco, Sebastian Kurz.

"O assunto da redistribuição dos imigrantes que estão no território da União Europeia não foi tratado, a nenhum nível, com a parte georgiana", afirma em uma declaração do Ministério das Relações Exteriores georgiano.

Segundo a Chancelaria, este é um tema que "não está na agenda das relações com a UE, já que os desafios que enfrenta atualmente Geórgia impossibilitam a realização desse projeto".

Em entrevista publicada ontem pelo jornal alemão "Bild", Kurz, promotor da ideia de criar fora da UE centros administrados pela ONU para receber pessoas que chegam ilegalmente à Europa através do Mediterrâneo, apontou a Geórgia entre os países que poderiam instalar centros de amparo.

"Temos nossos próprios refugiados. Dois terços deles não têm uma casa permanente. Não podemos assumir novos compromissos", disse à imprensa o ministro georgiano para Assuntos dos Refugiados, Sozar Syubari.

Após os conflitos armados com as regiões separatistas da Abkhazia e Ossétia do Sul, no início da década de 90, cerca de 200 mil georgianos tiveram que deixar os territórios controlados os separatistas.

Segundo dados oficiais, a Geórgia acolheu cerca de 4 mil refugiados procedentes de países que sofrem com guerras, como Síria, Iraque e Ucrânia.

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