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EXCLUSIVO: Kamala tem 48% e Trump soma 47% em Wisconsin, mostra pesquisa EXAME/Ideia

Estado é um dos sete lugares decisivos para a eleição presidencial de 2024

Rafael Balago
Rafael Balago

Repórter de macroeconomia

Publicado em 2 de novembro de 2024 às 06h22.

A vice-presidente Kamala Harris soma 48% das intenções de voto em Wisconsin, um dos estados decisivos para a eleição presidencial dos Estados Unidos, e o ex-presidente Donald Trump tem 47%, mostra pesquisa EXAME/Ideia. A situação entre os dois é de empate técnico.

O estudo ouviu 1.001 americanos no estado, pelo telefone, durante os dias 30 e 31 de outubro. A margem de erro é de três pontos percentuais.

Wisconsin tem 10 dos 538 delegados no Colégio Eleitoral, que decide a eleição presidencial. Desde 2008, todos os candidatos que venceram ali conquistaram também a Presidência do país.

No Wisconsin, 50% das mulheres dizem votar em Kamala e 50% dos homens declaram preferência por Trump. A democrata tem maior apoio entre os jovens (50% deles a apoiam) e entre os eleitores com grau universitário (63%). Já Trump atrai muitos eleitores com mais de 65 anos (52% deles o apoiam) e sem diploma universitário (60%).

O Ideia perguntou ainda quem os eleitores de Wisconsin acham que deve vencer a disputa. A maioria, 50%, dizem que Kamala será a vencedora no estado e também conquistará a Casa Branca.

No recorte por partido, 48% dos republicanos esperam uma vitória nacional de Trump e 50% dos democratas dizem confiar que Kamala vença. Entre os independentes, 54% dizem esperar uma conquista da democrata, e 41% afirmam que Trump vencerá.

Disputa pelo Senado em Wisconsin

A pesquisa avaliou ainda as intenções de voto ao Senado. A democrata Tammy Baldwin tem 49% de preferência, ante 46% do republicano Eric Hovde.

A vaga em disputa em Wisconsin está atualmente sob controle democrata. Baldwin busca a reeleição. Ela está no Senado desde 2013 e disputa o terceiro mandato seguido.

O Senado dos EUA tem atualmente maioria democrata, com 51 senadores (incluindo três independentes) e 49 republicanos. Assim, apenas uma ou duas disputas poderão mudar o controle da Casa.

Veja mais dados da pesquisa aqui (em PDF).

Por que Wisconsin importa?

No sistema eleitoral americano, a votação é indireta. Assim, o voto popular não escolhe o novo presidente, mas sim o Colégio Eleitoral. O candidato que vence em um estado conquista todos os votos dos delegados daquele estado no Colégio Eleitoral (a regra vale em 48 dos 50 estados). Assim, a disputa presidencial é feita estado a estado. Wisconsin é responsável por 10 das 538 cadeiras em jogo.

Na maioria dos 50 estados, as pesquisas já indicam um vencedor claro. No entanto, em sete deles, chamados de estados decisivos (Swing States, em inglês), a disputa está em aberto, e será preciso vencer ali para conquistar a Presidência. Wisconsin é um deles.

O estado tem alternado a preferência política nas eleições presidenciais. Nos últimos anos. O estado votou em democratas de forma contínua de 1988 até 2012. Em 2016, Donald Trump ganhou ali e, em 2020, Joe Biden venceu.

A importância de Wisconsin para a disputa deste ano fez com que os dois candidatos fizessem várias visitas ao estado, inclusive na reta final. Kamala fez um comício em Milwaukee na sexta, 1º, ao lado de artistas e da cantora Cardi B.

Neste sábado, 2, Trump estará em Rice Lake, ao lado do ex-candidato Robert Kennedy Jr, que concorria como independente mas desistiu e deu apoio ao empresário. Além disso, os republicanos fizeram sua convenção nacional no estado, em julho, na cidade de Milwaukee.

Pesquisas exclusivas da EXAME

A EXAME e o Instituto Ideia divulgam nesta semana uma série de pesquisas exclusivas sobre as eleições nos Estados Unidos, nos sete estados-chave que vão decidir a disputa.

Veja a seguir o calendário de divulgação e as pesquisas que ja saíram:

Segunda-feira (28/10) - Nevada
Terça-feira (29/10) - Arizona

Quarta-feira (30/10)  - Geórgia
Quinta-feira (31/10) - Carolina do Norte
Sexta-feira (1/11) - Michigan
Sábado (2/11) - Wisconsin
Domingo (3/11) - Pensilvânia

A EXAME faz uma cobertura extensa das eleições americanas desde janeiro, quando foi lançado o programa O Caminho para a Casa Branca, disponível no YouTube e no Spotify. A equipe da EXAME também esteve presente nas convenções dos partidos, em julho e agosto, e fez reportagens em estados-chave para a disputa, como Wisconsin, Michigan e Pensilvânia.

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