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Ex-policial russo é condenado por matar 77 mulheres

Condenado à prisão perpétua, Mikhail Popkov é considerado o maior assassino em série da história da Rússia

Imagem de arquivo Kremlin em Moscou, Rússia: um ex-policial russo foi condenado por mais uma série de assassinatos (Foto/AFP)

Imagem de arquivo Kremlin em Moscou, Rússia: um ex-policial russo foi condenado por mais uma série de assassinatos (Foto/AFP)

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EFE

Publicado em 10 de dezembro de 2018 às 12h00.

Última atualização em 10 de dezembro de 2018 às 12h16.

Moscou - O tribunal da região siberiana de Irkutsk condenou nesta segunda-feira à prisão perpétua pelo assassinato de 55 mulheres e um homem o ex-policial Mikhail Popkov, que já cumpria essa mesma pena por assassinar 22 mulheres, o que o transforma no maior assassino em série conhecido na história da Rússia.

"Condeno à prisão perpétua em uma prisão de segurança máxima e que seja retirado seu grau especial de subtenente de polícia", disse o juiz Alexei Zhigayev ao ler a sentença, informaram veículos de imprensa locais.

Em 2015, Popkov, de 53 anos, recebeu a primeira condenação após ser declarado culpado de matar e estuprar a 22 mulheres e de duas tentativas de assassinato entre 1994 e 2000 em Angarsk, uma cidade de pouco mais de 230 mil habitantes na região de Irkutsk.

Já na prisão, o "Maníaco de Angarsk", como passou a ser chamado pela imprensa, confessou outros 60 crimes, mas os juízes consideraram que 56 assassinatos foram provados, 55 mulheres e um homem, também policial e colega de Popkov,

As vítimas do assassino em série eram mulheres de 16 a 40 anos e de diferentes classes sociais.

Embora pelo menos nove mulheres tenham sido assassinadas com um machado, Popkov usava todo tipo de objeto para atacar as vítimas, como facas, chaves de fenda, tacos de beisebol e tacos de bilhar, entre outros.

Popkov, que foi policial até 1998, foi detido a bordo de um trem quando viajava Vladivostok, o principal porto russo no Pacífico.

Durante o primeiro julgamento, ele explicou que de noite percorria as ruas da cidade em um veículo - muitas vezes o da polícia -, convidava mulheres que encontrava pelo caminho à sua casa e depois "punia" quem aceitava tomar uma bebida com ele.

Embora sua mulher, sua filha e seus amigos o definiam como "um homem pacífico, tranquilo e amável, que não faria mal nem a uma mosca", a equipe médica que o examinou quando era policial observou "aspectos psicopáticos" em sua personalidade, mas inexplicavelmente o declarou apto para servir nas forças de segurança.

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