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EUA faz acordo com 13 países da Ásia/Pacífico para cooperar em cadeias de produção

A iniciativa é vista como uma vitória da nova iniciativa liderada pelos americanos para fortalecer laços econômicos com nações amigas na região

Gina Raimondo, Secretária do Comércio dos Estados Unidos (Paul Morigi / AFP/AFP)

Gina Raimondo, Secretária do Comércio dos Estados Unidos (Paul Morigi / AFP/AFP)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 27 de maio de 2023 às 19h32.

Os Estados Unidos e 13 países da região da Ásia e do Pacífico fecharam neste sábado um acordo para expandir a cooperação em cadeias de produção. A iniciativa é vista como uma vitória da nova iniciativa liderada pelos americanos para fortalecer laços econômicos com nações amigas na região, em meio a tensões crescentes com a China.

Mas algumas autoridades de comércio questionaram o foco crescente do governo de Joe Biden em proteger empregos domésticos e fortalecer a indústria dos EUA. Segundo eles, essas políticas prejudicam países menores e menos ricos, que dependem do comércio para crescer.

O acordo nas cadeias de oferta é parte do esforço do governo Biden para se aproximar de aliados e nações amigáveis na Ásia/Pacífico, no âmbito da chamada Estrutura Econômica Indo-Pacífico. A iniciativa cobre questões como comércio digital energia limpa e políticas tributárias, como um meio de conter a China.

Secretária de Comércio americana, Gina Raimondo disse que os EUA esperam concluir as negociações gerais sobre o assunto até a cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico, em novembro em São Francisco, que Biden sediará.

Cadeias de produção

Sob o novo pacto, as nações começarão a trabalhar juntas para fortalecer cadeias de produção em setores cruciais, além de estabelecer um mecanismo para evitar e responder a emergências similares à falta de semicondutores vista durante a pandemia da covid-19.

Em reuniões em Detroit nesta semana, a representante de Comércio dos EUA, Katherine Tai, enfatizou a política de comércio centrada em empregos, para maximizar benefícios para a classe média americana. Houve, porém, respostas céticas de algumas autoridades de outras nações.

"Nós vemos o comércio como uma solução, não um problema, pois as pessoas que trabalham nas indústrias envolvidas no comércio em nosso país recebem bem mais do que as demais", afirmou Damien O'Connor, ministro do Comércio da Nova Zelândia. Ele disse preferir que regulações comerciais ou a política tributária sejam usadas para combater a desigualdade e apoiar os direitos trabalhistas, não a política comercial.

Vice-ministro do Comércio da Malásia, Liew Chin Tong disse ser simpático à visão de que os trabalhadores nos EUA devem se beneficiar do comércio. "O desafio é que isso não seja feito às custas dos nossos trabalhadores", afirmou.

A diretora-geral da Organização Mundial de Comércio (OMC), Ngozi Okonjo-Iweala, pediu que Tai tenha conversas mais próximas com pequenos países e nações em desenvolvimento, a fim de evitar a resistência às políticas americanas. Fonte: Dow Jones Newswires.

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