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Remy Sharp
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EUA e aliados prometem pressionar a Coreia do Norte após lançamento de míssil

"Condenamos veementemente estas ações e reiteramos o chamado para que a Coreia do Norte cesse estes atos ilegais e desestabilizadores", disse Kamala Harris aos jornalistas antes do início da reunião

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Kamala: "Em nome dos Estados Unidos, reafirmo nosso compromisso inabalável com nossas alianças da região Indo-Pacífico" (Sean Rayford/Getty Images)

Kamala: "Em nome dos Estados Unidos, reafirmo nosso compromisso inabalável com nossas alianças da região Indo-Pacífico" (Sean Rayford/Getty Images)

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AFP

Publicado em 18 de novembro de 2022, 12h35.

Última atualização em 18 de novembro de 2022, 12h36.

A vice-presidente americana, Kamala Harris, e os líderes do Japão, Coreia do Sul, Austrália, Nova Zelândia e Canadá prometeram pressionar a Coreia do Norte em uma reunião de emergência nesta sexta-feira, depois que Pyongyang lançou um míssil balístico intercontinental.

Algumas horas depois que a Coreia do Norte lançar um míssil, que o Japão afirma que tem a capacidade de alcançar o território continental dos Estados Unidos, Harris se reuniu com vários aliados de seu país à margem de uma cúpula da Cooperação Econômica Ásia-Pacífico em Bangcoc.

"Condenamos veementemente estas ações e reiteramos o chamado para que a Coreia do Norte cesse estes atos ilegais e desestabilizadores", disse Harris aos jornalistas antes do início da reunião.

"Em nome dos Estados Unidos, reafirmo nosso compromisso inabalável com nossas alianças da região Indo-Pacífico", disse utilizando este termo para referir-se à região Ásia-Pacífico.

O Japão afirmou que o míssil caiu em suas águas.

Este lançamento ocorre em um momento de crescentes tensões com a Coreia do Norte e Estados Unidos, que acreditam que o país pode estar preparando um sétimo teste nuclear.

Em nota, a Casa Branca afirmou que os seis líderes que participaram da reunião alertaram para uma "resposta firme e decidida", caso a Coreia do Norte realize um teste nuclear.

Os líderes concordaram em manter a abertura ao diálogo e instaram a Coreia do Norte a  "abandonar as provocações sem motivo e retomar a diplomacia séria e embasada".

Em uma velada referência à China, o principal apoiador deste empobrecido e isolado país, o comunicado também fez um apelo a todos o membros da ONU para "implementar plenamente" as resoluções do Conselho de Segurança, que impôs duras sanções à Coreia do Norte.

O primeiro-ministro australiano, Anthony Albanese, disse que os líderes também buscam uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU, onde a China e Rússia podem vetar uma proposta americana para endurecer as sanções.

"É sobre o mundo se unir para condenar as ações da Coreia do Norte e se posicionar pela paz e segurança de nossa região", disse Albanese à jornalistas.

O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, admitiu que há temores de que a Coreia do Norte ignore as pressões.

"Existe a possibilidade de que a Coreia do Norte lance mais mísseis", afirmou Kishida.

O primeiro-ministro da Coreia do Sul, Han Duck-soo, disse que um lançamento direto de mísseis "nunca deve ser tolerado".

"A comunidade internacional deve responder de forma decisiva", afirmou Han.

Aumento das pressões

No domingo, o presidente americano, Joe Biden, se reuniu com os líderes do Japão e Coreia do Sul à margem da cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) no Camboja.

Os três países lançaram uma advertência similar contra um eventual teste nuclear, o que a Coreia do Norte qualificou como prova da hostilidade dos Estados Unidos.

Apesar da pressão, o governo de Biden acredita que o país com mais chances de exercer uma influência sobre a Coreia do Norte é a China.

Biden se reuniu na segunda com o presidente chinês, Xi Jinping, à margem da cúpula do G20 na Indonésia e expressou sua confiança de que Pequim não está tentando levar a Coreia do Norte a uma nova escalada.

O presidente democrata tem demonstrado disposição para iniciar um diálogo com a Coreia do Norte, mas Pyongyang não mostrou interesse em abrir uma via de negociações.

O líder norte-coreano Kim Jong Un se reuniu três vezes com o antecessor de Biden, Donald Trump, o que aliviou as tensões mas não culminou em nenhum acordo duradouro.

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