EUA anuncia doação de 500 mi de doses da Pfizer; Brasil fica de fora
Casa Branca divulgou 92 nações de baixa renda e da União Africana que receberão doses da Pfizer
Da Redação
Publicado em 10 de junho de 2021 às 14h02.
Última atualização em 10 de junho de 2021 às 14h06.
Os Estados Unidos anunciaram oficialmente nesta quinta-feira, 10, que comprarão 500 milhões de doses da vacina contra coronavírus da Pfizer para doação e divulgou a lista dos países que receberão o imunizante. São 92 nações de baixa renda e da União Africana. O Brasil não está entre os países que receberão as doses.
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Segundo a Casa Branca, é a maior compra e doação de vacinas efetuadas por um único país na pandemia até agora.
O anúncio da doação de vacinas chega depois de Biden se encontrar com presidentes das outras economias avançadas do G7 na Inglaterra.
"O objetivo da doação de hoje é salvar vidas e encerrar a pandemia, e fornecerá o fundamento de ações adicionais a serem anunciadas nos próximos dias", informou a Casa Branca.
A farmacêutica norte-americana Pfizer e sua parceria alemã BioNTech proporcionarão 200 milhões de doses em 2021 e 300 milhões na primeira metade de 2022, que os EUA então distribuirão pelo Covax, consórcio da OMS criado para a distribuição mais igualitária de vacinas no mundo.
As vacinas, que serão produzidas nas instalações norte-americanas da Pfizer, serão disponibilizadas a um preço sem margem de lucro.
"Nossa parceria com o governo dos EUA ajudará a levar centenas de milhões de doses de nossa vacina aos países mais pobres do mundo o mais rapidamente possível", disse o executivo-chefe da Pfizer, Albert Bourla.
As novas doações se somam às cerca de 80 milhões de doses que Washington já prometeu doar até o final de junho e aos 2 bilhões de dólares contingenciados para o programa Covax e a Aliança Global para Vacinas e Imunização (Gavi), disse a Casa Branca.
A lista dos 92 países de destino das doações foi definida de acordo com o Compromisso de Mercado Antecipado (AMC, na sigla em inglês) da aliança global por vacinação Gavi e incluem vários nações da África, como Angola, Marrocos, Cabo Verde, Nigéria e Quênia, da Ásia, como Afeganistão, Bangladesh, Índia e Paquistão, e da América Latina e do Caribe, como Haiti, Bolívia, Honduras e Nicarágua.
A Gavi e a OMS saudaram a iniciativa, mas grupos de ativismo antipobreza pediram que se faça mais para aumentar a produção mundial de vacinas.
"Certamente estas 500 milhões de doses de vacina são bem-vindas, já que ajudarão mais de 250 milhões de pessoas, mas isto ainda é uma gota no oceano comparado à necessidade em todo o mundo", disse Niko Lusiani, que comanda a unidade de vacinas da Oxfam América.
"... precisamos de uma transformação rumo a uma fabricação de vacina mais distribuída para que produtores qualificados de todo o mundo possam produzir bilhões a mais de doses de baixo custo em seus próprios termos, sem restrições de propriedade intelectual", acrescentou ele em um comunicado.
Biden apoia a quebra de patentes de algumas vacinas, mas não existe consenso internacional sobre como proceder.
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