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'Eu me vejo assumindo o cargo', diz Edmundo González Urrutia sobre Presidência da Venezuela

Líderes opositores destacam abusos de direitos humanos e pedem apoio internacional para transição democrática

Líder opositor, Edmundo González Urrutia, sobre a crise na Venezuela (AFP/AFP)

Líder opositor, Edmundo González Urrutia, sobre a crise na Venezuela (AFP/AFP)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 10 de dezembro de 2024 às 16h42.

Última atualização em 10 de dezembro de 2024 às 16h50.

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Edmundo González Urrutia, líder oposicionista da Venezuela, declarou nesta terça, 10, em em um evento realizado em Madri que está preparado para assumir a Presidência do país. Durante o encontro, que contou com a participação virtual de María Corina Machado, ele afirmou: “Eu me vejo assumindo o cargo para o qual fui votado pela maioria dos venezuelanos”.

A oposição apresentou documentos para comprovar que González Urrutia foi o verdadeiro vencedor das eleições, em oposição à declaração de vitória de Nicolás Maduro, que, segundo os líderes, não publicou evidências suficientes para validar o processo eleitoral.

Durante o evento, os opositores reforçaram que o “regime criminoso”, nas palavras de González Urrutia, deve ser alvo de pressão internacional. Ele também abordou os riscos de retornar à Venezuela para assumir o cargo: “Não se vai à guerra com medo”.

González Urrutia, exilado na Espanha após denunciar fraude eleitoral, disse que o governo atual não demonstra disposição para respeitar a vontade popular. Ele apelou pelo apoio das democracias internacionais para intensificar a pressão sobre o regime.

María Corina Machado, por sua vez, classificou o governo Maduro como um “regime em fase terminal” e destacou a divisão interna. Para ela, no dia 10 de janeiro, Maduro terá de escolher entre negociar e ceder ou “continuar a sangue e fogo”.

Crise humanitária em números

No Dia Internacional dos Direitos Humanos, González Urrutia destacou a prática de crimes contra a humanidade na Venezuela. Ele mencionou que mais de 17 mil pessoas foram presas por motivos políticos na última década, e atualmente há mais de 1,9 mil presos políticos, incluindo adolescentes e mulheres.

As condições das prisões, segundo ele, são equivalentes à tortura, e atos degradantes se estendem às famílias dos detidos. Outro ponto denunciado foi o cerco à embaixada argentina em Caracas, que, segundo os opositores, constitui violação do direito de asilo.

O regime deve entender que aqueles que cometeram crimes contra a humanidade enfrentarão as consequências”, afirmou María Corina Machado, reforçando a urgência de uma transição democrática na Venezuela.

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