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Embaixada diz que vice da Guiné pego pela PF visitaria médico no Brasil

Secretário afirmou que os US$ 16 milhões apreendidos em duas malas que estavam com a comitiva do vice de Guiné estavam relacionados à missão oficial

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Bens apreendidos com o vice-presidente da Guiné Equatorial (PF/Divulgação)

Bens apreendidos com o vice-presidente da Guiné Equatorial (PF/Divulgação)

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Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de setembro de 2018 às, 14h43.

Última atualização em 16 de setembro de 2018 às, 15h18.

São Paulo - O secretário da Embaixada da Guiné Equatorial, Leminio Akuben MBA Mikue, afirmou em depoimento à Polícia Federal que o vice-presidente do país africano, Teodoro Nguema Obiang, chegou ao Brasil para "tratamento médico e posteriormente seguiria para Singapura em missão oficial".

Leminio Akuben MBA Mikue afirmou que os US$ 16 milhões em dinheiro apreendidos em duas malas que estavam com a comitiva do vice de Guiné na sexta-feira, 14, no Aeroporto de Viracopos, em Campinas, estavam relacionados à missão oficial.

"Pelo que sabe, o presidente estava no Brasil para tratamento médico e posteriormente seguiria para Singapura em missão oficial; que o presidente relatou ao declarante que os valores destinavam-se à referida missão oficial; que não tem conhecimento sobre do que se trata tal missão oficial; que, segundo o presidente, os relógios eram itens de uso pessoal dele", afirmou.

A aeronave B777-200LR desembarcou em Campinas com 11 passageiros. Obiang foi recepcionado e, por causa das prerrogativas do cargo, não foi inspecionado, mas sua equipe passou pelo crivo da Receita Federal.

O auditor fiscal da Receita Alessandro Grisi Pessoa afirmou também em depoimento à Polícia Federal que a comitiva do vice-presidente levou 4 horas para entregar as chaves de duas malas.

Leminio Akuben MBA Mikue disse à PF que é "atualmente a maior autoridade diplomática" da Guiné Equatorial no Brasil. O secretário declarou que "estava no Aeroporto de Viracopos, juntamente com o segundo secretário Bienvenido para recepcionar a comitiva do vice-presidente".

"Adentraram no aeroporto pelo desembarque internacional e seguiram com o presidente até um outro portão que daria acesso ao helicóptero que o levaria", relatou. "Não presenciou a Receita Federal pedir que as malas fossem passadas pelo raio-x no momento do ingresso no aeroporto, somente percebendo essa questão quando já estavam no portão de embarque."

Segundo o secretário, os fiscais da Receita "exigiam que as malas fossem inspecionadas". Leminio Akuben MBA relatou que o "impasse" sobre a abertura das bagagens do vice da Guiné "persistiu durante todo o dia".

"Em determinado momento, os fiscais ordenaram que as malas fossem abertas dando um prazo de minutos para que isso fosse feito ou então as malas seriam abertas à força", declarou.

Leminio Akuben MBA Mikue contou que disse aos servidores da Receita que "tal determinação deveria vir do Ministério das Relações Exteriores e exigiu que lhe fossem apresentados documentos que dessem respaldo a tal ordem". O secretário queria que fosse aplicada a Convenção de Viena, pela qual "estariam imunes à fiscalização".

"Então lhe foi entregue pela autoridade aduaneira um ofício do Ministério das Relações Exteriores o qual sugeria que as malas fossem isentadas de inspeção, onde há também um despacho da Receita Federal consignando que não aplicaria a Convenção de Viena, haja vista que seguia as normas próprias de fiscalização aduaneira", disse.

"Então, foi até o presidente e disse que a ele que as malas deveriam ser abertas ou então a Receita as abriria à força e ele entregou as chaves ao declarante; que as malas foram abertas e no interior de uma delas havia uma quantia em dólares americanos, cerca de R$ 1,4 milhão e cerca de R$ 55 mil; que na outra mala, havia vinte e uma unidades de relógios usados."'

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