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Em Moscou, Lula defende parceria estratégica entre Brasil e Rússia

Presidente brasileiro diz querer ampliar cooperação com a Rússia e critica tarifas dos EUA sob Trump

Brasil-Rússia: Lula defende parceria estratégica com Putin e critica tarifas dos EUA. (Maxim Shemetov / POOL / AFP)

Brasil-Rússia: Lula defende parceria estratégica com Putin e critica tarifas dos EUA. (Maxim Shemetov / POOL / AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 9 de maio de 2025 às 13h46.

Última atualização em 9 de maio de 2025 às 14h02.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta sexta-feira, 9, o fortalecimento da “parceria estratégica” entre Brasil e Rússia durante uma reunião com o presidente russo Vladimir Putin no Kremlin, em Moscou.

Lula chegou à capital russa na quarta-feira para participar das comemorações do 80º aniversário da vitória sobre a Alemanha nazista. Em sua fala, destacou o desejo de “estreitar e refazer com muito mais força” a cooperação bilateral com Moscou. “Esta minha visita aqui é para estreitar e refazer com muito mais força a nossa construção de parceria estratégica”, afirmou.

O Brasil ocupa atualmente a presidência rotativa do Brics, bloco que reúne também Rússia, Índia, China, África do Sul e novos países membros admitidos recentemente.

Temas em foco: defesa, ciência e energia

Durante o encontro, Lula ressaltou o interesse do Brasil em expandir a cooperação com a Rússia em áreas como defesa, espaço, ciência e tecnologia, educação e, especialmente, energia.
Putin respondeu destacando os avanços na relação entre os dois países. “Conseguimos trabalhar muito para fortalecer as relações entre Moscou e Brasília nos últimos anos”, declarou.

A Rússia tem buscado estreitar laços com países não ocidentais desde o início da invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022. Relações com potências emergentes como Brasil, China e Índia são vistas como parte da estratégia de contenção à influência dos Estados Unidos e da Otan.

Lula critica política tarifária de Trump

Lula também aproveitou o encontro para criticar as medidas protecionistas do presidente americano Donald Trump. O republicano impôs tarifas de 10% sobre todas as importações, suspendendo os tributos mais elevados para vários países, mas mantendo a China de fora até agora.
“A decisão de taxar o comércio com todos os países do mundo, de forma unilateral, joga por terra a grande ideia do livre comércio”, disse Lula, que acrescentou ainda que tais medidas enfraquecem o multilateralismo e o respeito à soberania.

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