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Remy Sharp
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A chegada de Javier Milei ao comando da Argentina deve gerar uma reação positiva no mercado, embora possa trazer dois riscos: que a transição seja desordenada e que o governo falhe em executar seus planos, avaliam analistas do banco BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da EXAME).

"O libertário ressaltou seu forte compromisso em honrar dívidas em seu discurso da vitória, assim como a necessidade de inciar reformas agressivas fiscais, monetárias e no Estado. Suas metas são louváveis e devem ressoar bem com investidores estrangeiros. Ao fim do dia, a sustentabilidade da Argentina requer um ajuste fiscal e externo, e o libertário está enfatizando muito os dois", diz um estudo, feito por Alejo Costa e Sofia Ordonez, analistas do BTG sediados na Argentina.

Sobre riscos, os dois apontam que Massa sinalizou que pode deixar o cargo de ministro da Economia antes da posse de Milei. Com isso, a tarefa de negociar a transição ficaria com o segundo escalão do ministério e o presidente do Banco Central. Segundo a imprensa argentina, Massa deve decidir ainda nesta segunda se fica no cargo e pode se pronunciar após a reunião entre o novo presidente e o atual, Alberto Fernández.

O outro risco é que o novo mandatário pode ter dificuldade para executar suas propostas. "O time de Milei está contido por uma posição frágil no Congresso e pela falta de experiência, algo que pode ser compensado ao nomear um gabinete experiente. Acreditamos que a ligação próxima entre os partidos A Liberdade Avança [de Milei] e PRO [de Mauricio Macri] abriá espaço para apoio técnico da ex-equipe de Macri, provendo capacidade para executar", diz a análise.

"Um ajuste dos preços relativos deveria ser seguido por um plano de estabilização e uma forte consolidação fiscal. O maior risco está no lado da execução, e muitos temem que o dogmatismo de Milei e sua falta de experiência podem levar a um ajuste desordenado, com potencial risco de governabilidade", prossegue o estudo.

Milei deve anunciar os nomes de seu governo ao longo desta semana. Nesta segunda, a imprensa argentina já dá algumas indicações como certas, mas elas ainda precisam ser oficializadas.

O partido do novo presidente tem apenas 37 de 257 assentos na Câmara dos Deputados e 8 de 72 senadores. Se ele obtiver apoio pleno do Juntos pela Mudança, coligação de Macri e da terceira colocada, Patricia Bullrich, obteria maioria estreita na Câmara (130 de 129 cadeiras) e quase maioria no Senado (32 de 37 posições).

 

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