Mundo

A democracia e a liberdade estão sob ameaça, adverte príncipe Harry na ONU

O duque de Sussex discursou na Assembleia Geral da ONU, em Nova York, na ocasião do Dia Internacional de Nelson Mandela

Príncipe Harry: revogação de direitos constitucionais nos Estados Unidos é parte "de uma agressão mundial à democracia e à liberdade" (John Lamparski/Getty Images)

Príncipe Harry: revogação de direitos constitucionais nos Estados Unidos é parte "de uma agressão mundial à democracia e à liberdade" (John Lamparski/Getty Images)

A

AFP

Publicado em 18 de julho de 2022 às 16h00.

Última atualização em 18 de julho de 2022 às 16h27.

O príncipe Harry da Inglaterra advertiu, nesta segunda-feira, 18, na ONU que a revogação de direitos constitucionais nos Estados Unidos é parte "de uma agressão mundial à democracia e à liberdade".

O duque de Sussex discursou na Assembleia Geral da ONU, em Nova York, na ocasião do Dia Internacional de Nelson Mandela.

"Foi um ano doloroso em uma década dolorosa", declarou, citando a pandemia de covid-19, as mudanças climáticas, a desinformação e a invasão russa da Ucrânia como provas, assim como a recente decisão da Suprema Corte americana de derrubar o direito constitucional ao aborto.

"Desde a terrível guerra na Ucrânia até a revogação de direitos constitucionais aqui nos Estados Unidos, estamos diante de um ataque mundial à democracia e à liberdade, a causa da vida de Mandela", disse Harry.

O membro da família real britânica prestou homenagem a Mandela, herói da luta contra o apartheid sul-africano, que passou 27 anos na prisão antes de se tornar o primeiro presidente negro do país. Não foi apenas "um homem de consciência" mas sim "um homem de ação", apontou.

Apelando a esse sentimento, o príncipe de 37 anos pediu aos líderes mundiais que combatam as mudanças climáticas.

"Enquanto estamos aqui hoje, nosso mundo arde de novo", disse o príncipe, que lembrou que "os eventos climáticos históricos deixaram de ser históricos".

"Cada vez mais são parte de nossa vida diária. E esta crise se agravará a menos que nosso líderes liderem".

“A menos que os países representados nesta sala sagrada tomem as decisões, as ousadas decisões transformadoras que nosso mundo precisa para salvar a humanidade”, alertou.

A Assembleia Geral designou 18 de julho, aniversário de Mandela, como o Dia de Nelson Mandela em 2009 para homenagear sua vida e legado.

O presidente da Assembleia, Abdulla Shahid, e o prefeito de Nova York, Eric Adams, também falaram para os participantes da tribuna.

Veja também: 

Avião fica de cabeça para baixo em acidente durante pouso na Somália; veja vídeo

Europa teme consequências econômicas se a falta de gás da Rússia se arrastar

Mais de Mundo

EUA oferece 20 milhões de dólares por informações sobre oficial iraniano

Republicanos acusam uso político da visita de Zelensky à Casa Branca em plena corrida eleitoral

Jornalista de Hong Kong é condenado a 21 meses de prisão em meio a crescente repressão à imprensa

Exército de Israel bombardeia Beirute; alvo seria chefe de unidade de drones do Hezbollah