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Crise entre EUA e Irã pode virar guerra catastrófica, diz especialista
Países protagonizaram troca de ofensas no Twitter nesta semana. Escalada na tensão poderia trazer à tona consequências graves
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Donald Trump, presidente dos EUA (Jonathan Ernst/Reuters)
Publicado em 28 de julho de 2018 às, 06h00.
Última atualização em 28 de julho de 2018 às, 06h00.
São Paulo – A semana nas redes sociais foi agitada para os governos dos Estados Unidos e do Irã. O presidente americano, Donald Trump e o chanceler iraniano, Mohammad Javad Zarif, trocaram provocações pelo Twitter em mensagens escritas em letras maiúsculas. A escalada de ataques verbais aumentou o temor de que a crise entre os dois países se intensifique nos próximos meses, descambando até mesmo num conflito militar.
To Iranian President Rouhani: NEVER, EVER THREATEN THE UNITED STATES AGAIN OR YOU WILL SUFFER CONSEQUENCES THE LIKES OF WHICH FEW THROUGHOUT HISTORY HAVE EVER SUFFERED BEFORE. WE ARE NO LONGER A COUNTRY THAT WILL STAND FOR YOUR DEMENTED WORDS OF VIOLENCE & DEATH. BE CAUTIOUS!
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) July 23, 2018
COLOR US UNIMPRESSED: The world heard even harsher bluster a few months ago. And Iranians have heard them —albeit more civilized ones—for 40 yrs. We’ve been around for millennia & seen fall of empires, incl our own, which lasted more than the life of some countries. BE CAUTIOUS!
— Javad Zarif (@JZarif) July 23, 2018
A pressão dos Estados Unidos em relação ao Irã é inegável e o resultado das ameaças por parte dos americanos pode levar a uma a guerra catastrófica. É o que diz Mônica Herz, professora de Relações Internacionais da Puc-Rio e especialista em segurança internacional. “A política americana se moveu de uma acomodação sob o governo de Barack Obama para uma confrontação sob Donald Trump”, diz Mônica.
Ainda de acordo com a especialista, a agressividade da retórica de Trump está ligada à ideia de que o regime iraniano é inaceitável. “Vale lembrar que John Bolton, assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, vem defendendo uma mudança de regime no país”, afirma. Ex-embaixador dos Estados Unidos na Organização das Nações Unidas (ONU) na gestão de George W. Bush durante a guerra no Iraque, Bolton é um notório partidário de uma política externa intervencionista.
O Irã é presidido por Hassan Rohani desde 2013, figura eleita com a promessa de alcançar
um acordo nuclear com outros países. Mas a complexidade do sistema de governo do país faz com que o regime seja frequentemente questionado. Isso porque, no limite, quem manda de fato é Ali Khamenei, o clérigo considerado o “líder supremo” e que controla, por exemplo, o Judiciário, o Legislativo e as Forças Armadas.
No Índice da Democracia, estudo anual conduzido pela revista The Economist que monitora o estado da democracia no planeta, o Irã é classificado como um regime “autoritário”. Nestes tipos de governo, explica a pesquisa, não há pluralismo político e, embora existam alguns traços de democracia, como eleições, mas não há qualquer solidez das instituições democráticas.
Relação EUA x Irã
A relação entre os Estados Unidos e o Irã sempre foi tensa, mas havia acalmado nos últimos anos depois de alcançado o acordo nuclear que previa a redução das atividades nucleares dos iranianos. As negociações, que aconteceram em 2015, foram lideradas pelo ex-presidente americano, Barack Obama, e assinadas por França, Reino Unido, China, Rússia e Alemanha.
Em maio de 2018, no entanto, Trump abandonou o acordo, alegando que os iranianos não estavam cumprindo os seus termos, e reinstaurou sanções econômicas, reaquecendo os ânimos. Desde então, a situação só escalou até que, nesta semana, os Estados Unidos ameaçaram bloquear as exportações de petróleo do Irã, enquanto o Irã ameaçou fechar o estreito de Ormuz, importante rota marítima para a circulação de petróleo no planeta.
A troca de provocações pode ser uma estratégia de Donald Trump, que costuma se vangloriar do sucesso obtido nas negociações com a Coreia do Norte, que só aconteceram após meses de ameaças e ofensas entre o presidente americano e o líder norte-coreano, Kim Jong-un.
Analistas ouvidos pelo jornal The New York Times, enxergam essa ligação e concordam essa poderia ser uma forma de forçar os iranianos de volta para a mesa de negociação. A resposta que nenhum deles deu, no entanto, é se o Irã irá ceder à pressão.
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