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Colômbia detém navio chinês por transporte ilegal de armas

Segundo o gabinete do procurador-geral do país, embarcação carregava milhares de balas de canhão, cerca de 100 toneladas de pólvora e outros materiais

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	Porto de Cartagena, na Colômbia: a carga estava listada nos registros do navio de 28.451 toneladas como sendo de grãos
 (Paul Smith/Bloomberg)

Porto de Cartagena, na Colômbia: a carga estava listada nos registros do navio de 28.451 toneladas como sendo de grãos (Paul Smith/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 4 de março de 2015, 11h13.

Bogotá/Xangai - As autoridades colombianas detiveram um navio operado pelo maior grupo de transporte marítimo da China por transportar ilegalmente milhares de balas de canhão, cerca de 100 toneladas de pólvora e outros materiais utilizados para fabricar explosivos, informou o gabinete do procurador-geral da Colômbia.

O cargueiro Da Dan Xia, operado pela Cosco Shipping, se dirigia a Cuba quando foi parado no sábado no porto de Cartagena, na costa do Caribe, norte da Colômbia, depois que os materiais foram detectados durante uma inspeção.

A carga estava listada nos registros do navio de 28.451 toneladas como sendo de grãos. O capitão do navio, de bandeira de Hong Kong, foi preso, segundo o gabinete do procurador-geral.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Hua Chunying, afirmou que o navio transportava suprimentos militares comuns para Cuba e não estava violando nenhuma regulamentação internacional.

"É uma cooperação comercial militar completamente normal. No momento, a China está se comunicando com a Colômbia sobre esse assunto", disse Chunying.

Um dirigente da Cosco Shipping, na sede da empresa em Guangzhou, na China, disse que o navio é operado pela empresa, mas acrescentou que não está a par do incidente.

A Cosco Shipping faz parte do Grupo de Transporte Oceânico da China (Cosco), apoiada pelo Estado.

A documentação da carga apresentada pelo capitão não coincidia com o que o navio estava transportando, disse a jornalistas Luis González, diretor nacional de gabinete do procurador-geral da Colômbia.

"Cerca de 100 toneladas de pólvora, 2,6 milhões de detonadores, 99 projéteis e aproximadamente 3.000 balas de canhão foram encontrados", acrescentou González.

Fotografias divulgadas pelo Ministério Público mostram caixas de madeira dentro de um contêiner com etiquetas da fabricante chinesa do armamentos Corporação das Indústrias do Norte da China.

A empresa, conhecida como Norinco, é a maior fabricante de armas da China.

Um porta-voz da Norinco afirmou por telefone que o navio estava transportando alguns de seus produtos que haviam sido vendidos legalmente, mas que as informações divulgadas sobre o que estava a bordo "não são verdadeiras".

"Algumas informações na mídia sobre o que o navio estava transportando não estão de acordo com a realidade da situação", disse ele.

"Os produtos que enviamos ao longo deste tempo eram principalmente matérias-primas para a produção de balas. Nós sempre fomos uma empresa internacional responsável."

O destinatário foi declarado como sendo a importadora Tecnoimport, na capital cubana, Havana.

A empresa cubana não pôde ser imediatamente contatada para comentar o assunto.

China e Cuba têm laços comerciais cada vez mais estreitos, bem como ligações políticas por causa de seus governos comunistas, mas, na América Latina, a China é mais próxima da Venezuela, rica em petróleo.

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