Mundo

China prevê casos de covid na Olimpíada de Inverno com risco da Ômicron

A China tem apostado em uma estratégia de "tolerância zero" para casos de covid-19, mas autoridades já admitem que Olimpíadas de Inverno devem aumentar contágios

Logo das Olimpíadas de Inverno: jogos serão sediados em Pequim, em 2022 (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Logo das Olimpíadas de Inverno: jogos serão sediados em Pequim, em 2022 (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Drc

Da redação, com agências

Publicado em 23 de dezembro de 2021 às 11h46.

Organizadores da Olimpíada de Inverno de Pequim disseram nesta quinta-feira, 23, que esperam um "certo número" de casos de covid-19 na China devido à chegada de estrangeiros para o evento e pediram enfaticamente aos participantes que recebam vacinas de reforço por causa da disseminação da variante Ômicron do coronavírus.

Com o sobe e desce do mercado, seu dinheiro não pode ficar exposto. Aprenda como investir melhor.

Autoridades também procuraram amenizar as preocupações sobre os cuidados de saúde dos participantes decorrentes da covid, assim como as que vieram após um acidente no mês passado durante uma sessão de treino de luge (esporte olímpico de inverno) em um local de competição de Pequim durante o qual um atleta polonês sofreu uma lesão grave na perna.

Nos Jogos, que devem acontecer entre 4 e 20 de fevereiro, todos os atletas, funcionários e pessoal relacionado estarão em uma bolha para conter a propagação do vírus na China. O país tem algumas das restrições de covid mais rígidas do mundo e praticamente tem conseguido conter surtos locais.

Ainda assim, o aumento nos contágios é esperado, dizem as autoridades chinesas.

"Um número grande de pessoas de países e regiões diferentes virá à China e o fluxo de pessoas aumentará. Consequentemente, um certo número de casos positivos se tornará um acontecimento de alta probabilidade", disse Han Zirong, vice-presidente e secretário-geral do comitê organizador de Pequim, em comunicado à imprensa.

Apesar de registrar apenas dezenas de casos por dia, muito longe dos 100.000 do Reino Unido ou 60.000 da Espanha, a China aposta em uma estratégia de erradicação do vírus,

Um exemplo ocorre nesta semana, quando após detecção de pouco mais de 100 casos na cidade de Xi'an, a região entrou em quarentena rigorosa nesta quinta-feira, para evitar a disseminação para outras áreas do país. Já são cerca de 13 milhões de pessoas em quarentena, podendo sair somente para motivos essenciais.

No comunicado à imprensa, autoridades chinesas detalharam as medidas para profissionais e instalações medicinais disponíveis nas Olimpíadas, como pretendem lidar com eventuais casos de covid, lesões esportivas e cuidados médicos em geral e expressaram a confiança de que os Jogos podem ocorrer apesar da altamente infecciosa Ômicron.

No ano passado, as Olimpíadas de Verão, em Tóquio, no Japão, ocorreram também com bolha de proteção para atletas e profissionais, e jogos sem torcida e sem entrada de estrangeiros. A expectativa era que o mundo voltasse à alguma normalidade durante os Jogos de Inverno em Pequim. As autoridades chinesas afirmam que, por ora, o plano é receber torcida e visitantes estrangeiros.

(Com Reuters)

Fique por dentro das principais notícias sobre os impactos da pandemia na economia e nos negócios. Assine a EXAME. 

Acompanhe tudo sobre:ChinaCoronavírusEsportesOlimpíadasOlimpíadas de InvernoPequim

Mais de Mundo

Ministro do Interior da Coreia do Sul investigado por insurreição pede demissão

Ex-presidente Mahama vence eleições presidenciais de Gana

Quem é Bashar al-Assad, líder sírio que fugiu de Damasco

Proximidade de Musk, queda da inflação e compra de caças: veja fatos que marcaram 1º ano de Milei