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Catedral de Notre-Dame tem primeira missa cinco anos depois do incêndio

Às 14h30 do horário de Brasília será celebrada uma segunda missa, dessa vez para o público em geral, que só poderá acompanhar mediante reserva antecipada

Guests sit as they attend a ceremony to mark the re-opening of the landmark Notre-Dame Cathedral in central Paris on December 7, 2024. Around 50 heads of state and government are expected in the French capital to attend the ceremony marking the rebuilding of the Gothic masterpiece five years after the 2019 fire which ravaged the world heritage landmark and toppled its spire. Some 250 companies and hundreds of experts were part of the five-year restoration project at a cost of hundreds of millions of euros. (Photo by Thibault Camus / POOL / AFP) (Thibault Camus/AFP)
AFP

Agência de notícias

Publicado em 8 de dezembro de 2024 às 13h17.

Última atualização em 8 de dezembro de 2024 às 13h18.

A restaurada Catedral de Notre-Dame de Paris celebrou sua primeira missa diante de uma plateia de líderes políticos e religiosos neste domingo, 8, um dia após sua reabertura oficial e cinco anos depois do incêndio devastador que chocou o mundo.

“Nesta manhã, a tristeza de 15 de abril de 2019 foi apagada”, disse o arcebispo de Paris, Laurent Ulrich. É “um dia muito especial em que a catedral de Paris recupera seu esplendor, como ninguém jamais o conheceu antes”, acrescentou ele diante de cerca de 2.500 pessoas na catedral reformada.

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A missa, que incluiu a bênção da água, a consagração do altar, leituras bíblicas, a colocação das relíquias, a bênção do tabernáculo e o rito da paz, durou mais de duas horas.

Às 18h30 (14h30 em Brasília), será celebrada uma segunda missa, dessa vez para o público em geral, que só poderá acompanhar mediante reserva antecipada.

Como no dia anterior, vários chefes de Estado estiveram presentes neste domingo, incluindo o presidente francês, Emmanuel Macron.

Também compareceram 150 pessoas que vivem em condições precárias, que foram convidadas para almoçar, 150 bispos e um padre de cada uma das 106 paróquias de Paris e das sete igrejas católicas de rito oriental.

Macron, que fez um discurso dentro da catedral no sábado, não comungou, respeitando a separação entre Igreja e Estado na França.

'Hoje é para nós'

Após a reabertura da igreja no sábado, um número menor de pessoas compareceu no domingo para assistir à missa nos telões instalados diante do monumento.

“Chorei muito há cinco anos porque estava pegando fogo”, admitiu Monique Kashale, 75 anos, que veio de Kinshasa, na República Democrática do Congo, para acompanhar o evento.

O incêndio devastador em 15 de abril de 2019, dia da celebração da Imaculada Conceição da Virgem Maria, chocou o mundo.

“Ontem foi para os políticos, mas hoje é para nós, o povo. Por isso, agradecemos ao Senhor”, acrescentou.

Dentro da catedral, Patrick Orhand, um voluntário de 68 anos, queria “prestar homenagem a todas as pessoas que colocaram toda a sua energia na restauração de Notre-Dame”.

Até o próximo fim de semana, a diocese celebrará missas diárias, às 10h30 e às 18h30, no horário local.

Um dos destaques da semana será o retorno da coroa de espinhos a Notre-Dame na sexta-feira.

Os visitantes que desejarem admirar o interior da catedral sem assistir à missa poderão entrar no edifício a partir de segunda-feira, às 15h30, também mediante reserva.

Após as cerimônias de reabertura, a diocese de Paris espera receber entre 14 e 15 milhões de visitantes por ano.

As medidas excepcionais de segurança foram mantidas neste domingo, com 6.000 policiais e gendarmes mobilizados.

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