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Alemanha pede perdão aos homossexuais pelos crimes nazistas

Números oficiais indicam que 7 mil gays e lésbicas foram mortos em campos de concentração durante o Terceiro Reich

Símbolo do nazismo (foto/Getty Images)

Símbolo do nazismo (foto/Getty Images)

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EFE

Publicado em 3 de junho de 2018 às 11h39.

Berlim - O presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, pediu neste domingo perdão aos homossexuais pelos crimes do nazismo e lamentou a perseguição judicial à minoria.

"Chegamos muito tarde", reconheceu Steinmeier em frente ao monumento das vítimas homossexuais do Terceiro Reich, se referindo à lei aprovada no ano passado, que anulou as penas impostas após a Segunda Guerra Mundial, com base no artigo 175 do Código Penal, mais rígido durante o nazismo e não revogado completamente até 1994.

O monumento em homenagem aos homossexuais foi construído há dez anos no centro do parque de Tiergarten, em Berlim.

Números oficiais indicam que 7 mil gays e lésbicas foram mortos em campos de concentração durante o Terceiro Reich. Além disso, mais de 54 mil foram processados pela orientação sexual entre 1933 e 1945.

"Como presidente federal é importante para mim dizer: nosso país os fez esperar tempo demais. Peço perdão por isso. Pela dor e pela injustiça, e pelo longo silêncio que veio em seguida", disse.

O governo da chanceler Angela Merkel aprovou no ano passado uma lei para anular as penas impostas desde o fim da Segunda Guerra Mundial em virtude do artigo do Código Penal Citado.

Merkel aprovou no ano passado uma indenização de 3 mil euros para cada as cerca de 5 mil pessoas condenadas injustamente que ainda estão vivas. Eles também receberam 1,5 mil euros por cada ano de prisão.

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