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AIE traz propostas para dobrar energia hidrelétrica até 2050

O objetivo é limitar as emissões de gases que provocam o efeito estufa e conter o aquecimento do planeta

Vista da hidrelétrica de Itaipu, na fronteira entre o Brasil e o Paraguai, em Foz do Iguaçu: as fontes hídricas geraram 16,3% da energia consumida no mundo (Evaristo Sa/AFP)
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Da Redação

Publicado em 29 de outubro de 2012 às 10h38.

Paris - A Agência Internacional de Energia (AIE) apresentou nesta segunda-feira uma série recomendações para dobrar a produção de energia hidrelétrica no mundo até 2050, com o objetivo de limitar as emissões de gases que provocam o efeito estufa e conter o aquecimento do planeta.

Em 2010, as fontes hídricas geraram 16,3% da energia consumida no mundo, quase 3.500 terawatts (TWh), recordou a AIE, uma agência com sede em Paris ligada à OCDE, em um mapa do caminho divulgado por ocasião do congresso Hidro 2012, que acontece até quarta-feira em Bilbao, norte da Espanha.

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Esta produção supera a energia nuclear (12,8%), o que faz desta a primeira fonte renovável de energia elétrica, muito à frente da eólica, solar, geotérmica e outras energias renováveis (3,6%).

Mas é relativamente pouco na comparação com as energias fósseis (petróleo, carvão e gás), que asseguram 67% da produção mundial de eletricidade.

Para duplicar a capacidade e a produção hidrelétrica até 2050, a agência pediu o fim dos obstáculos legais e que a energia seja melhor aceita.

Também defende a modernização e aumento da capacidade das usinas existentes com mais turbinas. A AIE sugere uma série de ações governamentais como a adoção de planos de desenvolvimento nacionais, maior cooperação entre as fronteiras ao redor das grances baciais fluviais, simplificação dos processo administrativos, entre outros.

A agência faz recomendações em termos de aceitação ambiental e social, ponto fraco da energia hídrica.

As represas, que não emitem CO2 com exceção da construção, são geralmente rejeitadas pelas consequências para a fauna e a flora, assim como para as populações próximas.

A AIE não oferece respostas milagrosas para o dilema e sugere "evitar tanto quanto possível os impactos negativos" e "quando for impossível evitá-los, que sejam minimizados, atenuados ou compensados".

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