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Publicidade de bancos é imprecisa e estimula endividamento, diz Idec

Entidade analisou 125 anúncios de produtos ligados a crédito divulgados por 31 bancos, financeiras e fintechs

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Idec: 63% dos anúncios analisados continham imagens de pessoas felizes (skynesher/iStockphoto)

Idec: 63% dos anúncios analisados continham imagens de pessoas felizes (skynesher/iStockphoto)

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Da Redação

Publicado em 25 de dezembro de 2019 às, 07h01.

Última atualização em 25 de dezembro de 2019 às, 08h01.

São Paulo - Os comerciais e anúncios de bancos e financeiras para oferecer crédito são pouco precisos, muitas vezes abusivos e estimulam o endividamento. Essas são algumas das principais conclusões apontadas por um estudo feito pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec).

A entidade avaliou 125 peças publicitárias divulgadas por 31 instituições financeiras, em diferentes meios, entre julho e agosto de 2019. Foram avaliados os anúncios relativos às cinco classes mais comuns de produtos: cartão de crédito, crédito pessoal, crédito consignado, crédito para negativados e crédito para renegociar dívidas.

A pesquisa verificou que, em 40,8% das publicidades analisadas, havia asteriscos e letras pequenas de difícil leitura com informações adicionais. Um terço desses casos, de acordo com o Idec, estava em anúncios voltados para a população idosa, de aposentados, com a oferta de produtos ligados ao crédito consignado (tanto empréstimo quanto cartão de crédito).

Outro padrão identificado pelo estudo é o de ligar a concessão de crédito à felicidade e satisfação pessoal: 63,2% das publicidades analisadas continham imagens de pessoas felizes e sorrindo. "Isso reforça a ideia do crédito como fonte de felicidade. Em alguns dos casos, essas pessoas são personalidades da vida pública brasileira, um recurso frequentemente utilizado para atribuir credibilidade e confiança ao produto", afirmou o Idec em seu relatório.

"São mensagens muitas vezes com informações insuficientes ou enganosas, que despertam o impulso do consumidor, desconsideram os riscos e contribuem para o aumento do superendividamento", disse a economista do Idec, Ione Amorim. "Em nenhuma publicidade avaliada havia alertas sobre riscos”, afirma.

Veja as principais abordagens usadas por tipo de crédito identificadas pela pesquisa:

(Idec/Reprodução)

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