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Meta fiscal é bem recebida e taxas futuras caem

No fim do pregão regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em abril de 2014 (32.250 contratos) apontava 10,555%

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	Bovespa: o DI para janeiro de 2015 (447.035 contratos) indicava mínima de 11,04%, de 11,13% no ajuste anterior
 (BM&FBovespa/Divulgação)

Bovespa: o DI para janeiro de 2015 (447.035 contratos) indicava mínima de 11,04%, de 11,13% no ajuste anterior (BM&FBovespa/Divulgação)

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Clarissa Mangueira

Publicado em 20 de fevereiro de 2014 às, 17h08.

São Paulo - Os contratos futuros dos juros fecharam em queda firme nesta quinta-feira, 20, após o anúncio das metas fiscais do governo ser bem-recebido por analistas e investidores.

A meta de superávit do setor público foi estipulada em R$ 99 bilhões ou 1,90% do Produto Interno Bruto (PIB), com contingenciamento do Orçamento de R$ 44 bilhões. O mercado já esperava um número em torno de 1,8% e 2,0% do PIB.

No fim do pregão regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em abril de 2014 (32.250 contratos) apontava 10,555%, ante 10,562% no ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2015 (447.035 contratos) indicava mínima de 11,04%, de 11,13% no ajuste anterior.

No trecho longo e intermediário da curva a termo, o DI para janeiro de 2017 (375.975 contratos) tinha taxa de 12,33%, ante 12,51% ontem. O DI para janeiro de 2021 (36.270 contratos) estava em 12,89%, ante 13,07%.

O economista-chefe da Votorantim Corretora, Roberto Padovani, avaliou que o contingenciamento previsto pelo governo reforça a expectativa de redução no ciclo de alta da taxa Selic de 0,50% para 0,25% na reunião do Copom.

"Contribui para sustentar nosso cenário de três altas de 0,25 ponto na taxa Selic em 2014", afirmou. E o mercado de juros realmente se ajustou nesse sentido hoje, ampliando as apostas de que o BC reduzirá o ritmo de aperto na próxima semana para 0,25 ponto.

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que "a consolidação fiscal vai contribuir para queda da inflação e crescimento sustentado" e garantiu que a meta será cumprida. Para ele, a meta é baseada em parâmetros e projeções "exequíveis, realistas e conservadoras".


Em uma avaliação sobre o anúncio, a chefe de ratings soberanos para América Latina da Fitch, Shelly Shetty, disse que os cortes de gastos públicos para este ano são um passo "na direção certa".

"O governo está buscando ancorar melhor as expectativas no que diz respeito à política fiscal", afirmou, em nota enviada por e-mail. "A meta fiscal do Orçamento está baseada em uma projeção mais realista, embora levemente otimista para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) este ano", acrescentou.

Alguns analistas alertaram, contudo, que as metas podem não ser alcançadas.

"O número integral não será entregue. As despesas deverão ser cortadas em R$ 30 bilhões e o resultado primário fechará 2014 entre 1,3% do PIB e 1,5% do PIB. Se descontarmos as receitas não recorrentes (concessões) e os dividendos previstos, chegaremos a um primário previsto da ordem de 0,6% a 0,8% do PIB para 2014, igual ou superior ao obtido em 2013 (0,6% do PIB)", afirmou a consultoria Tendências.

A diretora de ratings soberanos da Standard & Poor's Lisa Schineller disse ontem, em entrevista à uma agência de notícias internacional, que qualquer meta de superávit primário seria importante, mas que a S&P não olharia apenas para um número, mas para a capacidade do governo em atingi-la.

Nesta sexta-feira, 21, será anunciado o resultado de fevereiro do Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) e levantamento do AE Projeções aponta que as estimativas de 50 casas giram entre 0,55% e 0,77%, com mediana de 0,67%.

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