CVM multa corretora Walpires em R$ 18 milhões por operações irregulares
Instituição fazia criação artificial de preços em contratos futuros de índices
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Operações irregulares ocorreram entre 4 de julho de 2007 e 31 de maio de 2009, segundo a CVM. (CVM/Divulgação)
Publicado em 9 de outubro de 2019 às, 14h54.
Última atualização em 9 de outubro de 2019 às, 14h57.
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) multou em R$ 18,240 milhões a corretora Walpires por criação artificial de preços em contratos futuros. O valor equivale ao triplo do ganho obtido pela empresa em operações irregulares. Além disso, a empresa recebeu outra multa de R$ 250 mil por não fiscalizar a atividade dos seus agentes autônomos. Foram condenados ainda a Agropastoril Sucuri a pagar multa de R$ 3,275 milhões e a W Pires Comércio Administração e Participações em R$ 589,5 mil.
Também foram multados Sidney Ferreira Pires em R$ 624 mil, Armando de Oliveira Pires Filho, R$ 582 mil, Luiz Antonio Pires, R$ 83,9 mil, Vera Lúcia Ferreira, R$ 16,9 mil, Roberto Luiz Giannotti, R$ 29 mil, Sady Chafick Zraick, R$ 78,5mil, Paulo Roberto Pontini Filho, R$ 17,8 mil, Antonio José Bauer, R$ 21,6 mil, Luiz Alvez Correira, R$ 28,8 mil, Willy Martin Goossens, R$ 223,5 mil, Luiz Otávio Dias Galvão, R$ 89,4 mil, Octávio Ferraro Genu, R$ 202 mil, Marcelo Xavier Rodrigues, R$ 31,778 mil, Ricardo Cerretti, R$ 206,8 mil, Marcelo Carvalho Gama, R$ 100 mil e Nei Messias dos Santos, R$ 100 mil.
Também Sueli Ferreira Pires, diretora da corretora Walpires, foi condenada a pagar multa de R$ 400 mil, Júlio César Branco Sette, R$ 406,335 mil e Paulo Carlos Giannotti, multa de R$ 38,426 mil, que foi também proibido de atuar no mercado por 3 anos. Já a CW7 Agentes Autônomos foi multada em R$ 400 mil por ter delegado a execução dos serviços previamente contratados pela Walpires a pessoas que não possuíam autorização da CVM para atuar como agentes autônomos.
As operações ocorreram entre 4 de julho de 2007 e 31 de maio de 2009, envolvendo contratos e minicontratos de Índice Bovespa futuro. Segundo a CVM, a Walpires registrava as operações somente depois de executadas e escolhia quem ficava só com as lucrativas. As operações eram feitas contra a carteira própria da Walpires, que ficava com o prejuízo. A conclusão da CVM foi de que as operações tiveram como objetivo transferir recursos da corretora Walpires para a Agropastoril, também da família.
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