Mercado imobiliário

SP registra crescimento em novas unidades do Minha Casa Minha Vida em 2023

Por outro lado, a capital paulista também apresentou queda nos lançamentos imobiliários

Minha Casa Minha Vida: programa de habitação é um dos mais importantes do país (Caixa Notícias/Divulgação)

Minha Casa Minha Vida: programa de habitação é um dos mais importantes do país (Caixa Notícias/Divulgação)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 7 de fevereiro de 2024 às 16h47.

Última atualização em 7 de fevereiro de 2024 às 17h04.

Em 2023, São Paulo teve 73.249 lançamentos imobiliários, uma redução de 3% em relação ao ano anterior. Entretanto, a fatia de imóveis que fazem parte do Minha Casa Minha Vida registrou um aumento de 17% nos lançamentos: foram 36,8 mil unidades lançadas ante 31,5 mil em 2022.

Com isso, esse mercado representou 50% dos lançamentos na capital no ano passado. Os dados são do relatório anual do Secovi-SP.

Por outro lado, apesar da redução nos lançamentos em geral, houve um aumento de 10% na venda de unidades habitacionais na cidade. Foram 76.145 unidades comercializadas entre janeiro e dezembro, sendo 35,9 (47%) do Minha Casa Minha Vida, além de um crescimento expressivo no preço médio de venda. O mercado imobiliário arrecadou R$ 43,9 bilhões em vendas no ano, um crescimento de 26% em comparação com o ano anterior.

O presidente executivo do Secovi-SP, Ely Wertheim, afirma que a redução nos lançamentos e o aumento do preço de venda “não é normal”, mas cita como alguns dos motivos para este cenário as mudanças recentes nas leis de Zoneamento e Plano Diretor e também um cenário de receio com a mudança no governo federal no início de 2023.

"O fato de estar diminuindo a oferta já está se refletindo no aumento de preços. Isso está fazendo com que o estoque de imóveis esteja caindo. As empresas não conseguem desenvolver empreendimentos na mesma velocidade de demanda pela questão urbanística. E a gente viu, no fim do ano passado e retrasado, que o momento econômico e político foi bastante turbulento, o setor imobiliário demora para aprovar um projeto, comprar um terreno e lançar. No entanto, temos uma demanda hoje maior do que a legislação urbanística permite produzir e isso está se refletindo em números, houve uma queda de lançamentos e um aumento do preço", apontou.

A maior parte dos imóveis vendidos na capital em 2023 custa até R$ 264 mil, com mais de 30 mil unidades comercializadas, seguido dos imóveis que custam entre R$ 350 mil e R$ 700 mil. Na outra ponta, foram vendidas 2,59 mil imóveis que custam acima de R$ 2 milhões.

O relatório ainda mostra que há um estoque de imóveis de 12 meses na cidade. Ou seja, se o mercado imobiliário não produzisse mais nenhuma moradia por esse período, haveria oferta para suprir a demanda. Entretanto, quando considerados apenas as residências que fazem parte do Minha Casa Minha Vida, o estoque de imóveis se esgotaria em oito meses. Ao todo, a cidade tinha 64.634 unidades à venda em dezembro de 2023.

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