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Brasil precisará de 30 milhões de novas moradias até 2030, diz estudo

Levantamento aponta queda de 1,5% no déficit habitacional, mas mostra que a carência por moradias na Região Sudeste segue em alta

Residencial do Programa Casa Verde e Amarela no Rio de Janeiro: carência por moradias aumenta no Sudeste (Fernando Frazão/Agência Brasil)
GS

Gabriella Sandoval

Publicado em 29 de setembro de 2020 às 18h44.

Última atualização em 15 de março de 2021 às 20h11.

Um estudo inédito da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) divulgado nesta terça-feira revela que o déficit habitacional no Brasil caiu 1,5% entre 2017 e 2019, passando de 7,91 milhões para 7,79 milhões de moradias. Segundo a entidade, a queda foi puxada pela redução de 9,3% no número de habitações precárias no país, que recuaram de 963.00 para 874.000 nos últimos dois anos.

“A queda reflete o efeito das políticas públicas para expansão popular no país, com foco na redução do déficit para família mais pobres”, afirma o presidente da Abrainc, Luiz Antonio França. “É importante que o Estado brasileiro tenha acesso a esse tipo de informação para tomar decisão de seguir subsidiando a construção de habitação popular no país”.

Carência de moradias no Sudeste

De acordo com o estudo, o Nordeste foi a região com a maior queda no déficit nos últimos 15 anos. Na região, ele passou de 2,8 milhões de moradias, em 2004, para 2,3 milhões em 2019. Enquanto isso, no Sudeste, a carência por moradias subiu de 2,9 milhões de unidades para 3,1 milhões no mesmo período.

 

Aluguel de baixa renda

A pesquisa mostra também um crescimento de 2% na categoria chamada “ônus excessivo com aluguel”, que mede a locação residencial por famílias com renda de até três salários mínimos e que comprometem mais de 30% dela em gastos com moradia. A modalidade representa 3,34 milhões de moradias do déficit habitacional do país em 2019, ante 3,27 milhões em 2017.

“É importante que o Estado brasileiro tenha acesso a esse tipo de informação para tomar decisão de seguir subsidiando a construção de habitação popular no país”.

Luis Antonio França, presidente da Abrainc

Expectativa para 2030

O estudo indica ainda uma demanda de 30,7 milhões de residências até 2030, considerando o crescimento médio de 3% na formação de novas famílias. As que têm renda entre três e dez salários mínimos precisarão de 14,4 milhões de residências, enquanto famílias com renda de até três salários mínimo irão demandar 13 milhões de novos domicílios. Por fim, as que têm renda de mais de dez salários precisarão de 3,3 milhões de habitações.

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