Mercado Imobiliário

Patrocínio:

Design sem nome (3)

A virada dos FIIs: por que 2025 é o ano da maturidade para os fundos imobiliários

Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) atingiu seu pico histórico, sustentado por queda nos juros futuros, maior interesse por ativos de renda passiva – e um amplo interesse da pessoa física

IFIX: principal termômetro do mercado de FIIs no Brasil, fundo atingiu no dia 16 de maio de 2025 seu maior valor desde a criação, chegando a 3.439,07 pontos. (Tonywestphoto/Getty Images)

IFIX: principal termômetro do mercado de FIIs no Brasil, fundo atingiu no dia 16 de maio de 2025 seu maior valor desde a criação, chegando a 3.439,07 pontos. (Tonywestphoto/Getty Images)

Letícia Furlan
Letícia Furlan

Repórter de Mercados

Publicado em 19 de maio de 2025 às 17h13.

O IFIX (Índice de Fundos Imobiliários), principal termômetro do mercado de FIIs no Brasil, atingiu no dia 16 de maio de 2025 seu maior valor desde a criação, chegando a 3.439,07 pontos.

Este novo recorde supera o pico anterior, registrado em abril de 2024, e marca a consolidação de uma trajetória de recuperação robusta iniciada após a crise provocada pela pandemia. As informações foram compiladas por Einar Rivero, CEO da Elos Ayta Consultoria.

No início de 2020 o IFIX chegou ao fundo do poço, com 2.169,3 pontos, em meio à instabilidade global causada pela pandemia. Desde então, o índice acumula valorização de 58,5%, evidenciando a recuperação do setor de fundos imobiliários, mesmo diante de períodos de forte volatilidade.

Só em 2025, até meados de maio, o avanço do índice já soma 10,36%, o segundo melhor desempenho anual desde 2019, ano em que o IFIX subiu 35,98%. Em anos mais recentes, o índice teve performance modesta, e até negativas — alta de apenas 2,22% em 2022 e  queda de 5,89% em 2024.

O ponto de virada do IFIX

Em dezembro de 2024 o índice atingiu 2.878,4 pontos. Desde então, o IFIX cresceu 19,5%, resultado possivelmente sustentado por queda nos juros futuros, maior interesse por ativos de renda passiva e melhoria nos fundamentos dos fundos imobiliários listados na bolsa, de acordo com Einar Rivero.

Criado em 2010, o IFIX já acumula 15 anos de histórico, com dez anos de rentabilidade positiva e cinco negativos.

Os piores anos foram 2013 (-12,65%) e 2020 (-10,24%), enquanto os maiores ganhos ocorreram em 2019 (35,98%) e 2012 (35,01%).

Desde a pandemia, o índice tem apresentado menor volatilidade, indicando uma maior maturidade do mercado e diversificação dos produtos oferecidos, atenuando os ciclos extremos de alta e queda.

Outro aspecto importante é o papel crescente do investidor pessoa física. Mesmo diante de desafios como a instabilidade fiscal e política, o fluxo para os fundos imobiliários se manteve forte e até aumentou, reforçando a base do mercado.

O avanço do IFIX reflete, por isso, não só condições macroeconômicas favoráveis, mas também o fortalecimento da educação financeira e a busca por investimentos com rendimento isento de imposto de renda, características que atraem investidores individuais.

Se 2023 marcou a retomada pós-pandemia e 2024 trouxe uma pausa devido aos ruídos macroeconômicos, 2025 pode se consolidar como o ano da maturidade dos fundos imobiliários na carteira do investidor brasileiro.

Acompanhe tudo sobre:Mercado imobiliárioFundos-imobiliariosPandemiaImóveis

Mais de Mercado Imobiliário

O que fazer se o proprietário não quer consertar um problema grave no imóvel alugado?

O condomínio pode cobrar multas por infrações sem aviso prévio?

Posso sublocar um quarto do imóvel que aluguei?

Após comprar Hilton em São Paulo, CVPar dobra aposta em hotéis com marca própria