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Redatora
Publicado em 3 de julho de 2025 às 12h12.
Marcas não escolhem suas paletas de cores ao acaso. Por trás de um simples tom, existe uma estratégia baseada em ancestralidade, psicologia e comportamento do consumidor.
Desde a fome provocada pelo vermelho da Coca-Cola até a sofisticação do azul Tiffany, cores ativam memórias profundas no subconsciente e moldam a relação que temos com produtos e serviços.
Segundo Hugo Cavalari, especialista em marketing digital, as cores ativam mecanismos cerebrais primitivos.
“Vem da época em que caçávamos e víamos o sangue da presa ou uma cobra venenosa cruzando o caminho”, ele explica.
Esse tipo de memória ancestral influencia até hoje nossa tomada de decisão, inclusive na hora de escolher um produto na prateleira do supermercado.
Ele afirma que a cor também é uma ferramenta de diferenciação. Marcas como o Nubank, desafiaram a lógica do setor bancário ao usar roxo, uma cor até então impensável para transmitir segurança financeira.
“Eles entenderam o público jovem, que estava aberto a essa disrupção. A escolha da cor foi fundamental para romper com o tradicional e marcar território”, afirma o especialista.
O uso de cores está diretamente ligado ao posicionamento. Antes de definir uma paleta, marcas cruzam estudos de psicologia das cores com o perfil do público-alvo.
“Se quero transmitir tranquilidade e confiança, vou para o azul. Se quero algo mais energético, escolho o amarelo ou o laranja. É esse estudo que garante coerência entre o que a marca é e o que ela transmite”, explica.
A análise também considera o mercado e a concorrência. O objetivo é destacar-se sem perder sintonia com os valores do público.
“Se você coloca um frasco preto, como algumas marcas fizeram, rompe o padrão visual e se destaca imediatamente na gôndola”, exemplifica.
Mais do que chamar atenção, a cor precisa gerar identificação. “Ela não pode ser só bonita. Precisa conversar com o cérebro do consumidor”, resume.
Algumas marcas levam a estratégia a um nível ainda mais sofisticado: transformam a cor em um ativo exclusivo. Um exemplo clássico é o azul Tiffany.
“A marca criou um tom de azul que não existia e o transformou em símbolo de luxo. Foi tão forte que conseguiu registrar a cor. É como se tivesse patenteado um sentimento”, destaca o especialista.
Hugo acredita que a conexão emocional e simbólica é o que torna o uso da cor tão poderoso no branding. Mais do que preencher espaços, ela molda narrativas, constrói identidade e gera valor.
Afinal, como reforça o especialista: “Não é só estética. É instinto. É inconsciente. E as marcas sabem disso”.
Seja qual for o tamanho da empresa ou o estágio da sua carreira, acompanhar — e aplicar — as tendências do mercado pode ser o diferencial que o separa da concorrência.
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