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Remy Sharp
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A transformação da liderança. Sim, os tempos mudaram

Como o ESG está redefinindo comportamento dos líderes nas organizações

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Aquela piada sobre o outro nunca coube, mas hoje está condenada e as novas gerações cobram, com razão, uma atitude mais responsável dos nossos líderes   (hamzaturkkol/Getty Images)

Aquela piada sobre o outro nunca coube, mas hoje está condenada e as novas gerações cobram, com razão, uma atitude mais responsável dos nossos líderes   (hamzaturkkol/Getty Images)

Do alto de 2023 parece impensável que um gestor de fábrica faça uma piada sobre a transparência da roupa de uma operadora de máquina. Que um executivo levante no colo uma funcionária numa festa de fim de ano em meio a brincadeiras e risadas. Que um coordenador de finanças faça comentários racistas a um par seu no meio de uma apresentação. Que o diretor comercial humilhe o vendedor que menos vendeu no mês fazendo ele levantar o “troféu” do último colocado. Que na entrevista de admissão o entrevistador pergunte à entrevistada se ela “aguenta o tranco” tendo dois filhos em casa. 

Eu cresci num mundo corporativo que não foi só inspiração, mas também rodeado de histórias de desrespeito e falta de empatia. E, infelizmente, esses comportamentos ainda sobrevivem em vários times e organizações. Ao longo das décadas foram (e ainda são) toleradas ou tratadas como apenas uma piada por milhares de líderes e gestores.

ESG: o papel das lideranças

Tendo esses comportamentos em perspectiva, fala-se muito do papel do ESG (sigla em inglês para Ambiente, Sociedade e Governança) pela ótica da nossa relação com o planeta ou da promoção da diversidade. Mas tão importante quanto essas transformações é a mudança da nossa ampla liderança nas empresas. Aquela piada sobre o outro nunca coube, mas hoje está condenada e as novas gerações cobram, com razão, uma atitude mais responsável dos nossos líderes.

Mas como promover a mudança se o comportamento persiste em alguns núcleos, em velhos hábitos arraigados e muitas vezes envelopado na esfarrapada desculpa do “ele é assim mesmo”? 

A transformação tem que vir do exemplo da alta liderança das organizações. Não é o código de conduta da empresa e nem o RH que farão o papel. Mas será contagiante quando o C-level gabaritar o tema e não permitir desrespeito algum nas relações internas. 

Novos ou antigos de casa aprendem rapidamente pelo exemplo. E quando menos se espera novos adeptos estarão emulando um ambiente de respeito e confiança que passa a ser o padrão e a base para construção de um time de alta performance. Alguém dirá que é exagero dos novos tempos, mas novos líderes estão chegando e eles dirão que não tem mais volta ao passado. 

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