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'Sinais vitais' da Terra estão enfraquecendo, apontam cientistas

Grupo de cientistas que temem que o planeta está se aproximando de um "ponto sem volta" climático

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Dos 31 "sinais vitais" do planeta, 18 já alcançaram níveis recordes preocupantes (James Cawley/Getty Images)

Dos 31 "sinais vitais" do planeta, 18 já alcançaram níveis recordes preocupantes (James Cawley/Getty Images)

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AFP

Publicado em 28 de julho de 2021 às, 10h33.

Última atualização em 28 de julho de 2021 às, 10h37.

Os "sinais vitais" da Terra estão enfraquecendo, de acordo com um comunicado divulgado nesta terça-feira (27) por um grupo de cientistas que temem que o planeta está se aproximando de um "ponto sem volta" climático.

Os cientistas fazem parte de uma plataforma de mais de 14 mil especialistas que há dois anos pediram uma declaração mundial de emergência climática.

No documento, publicado pela revista BioScience, os cientistas afirmam que os governos fracassaram na tentativa de combater a mudança climática, provocada pela "superexploração da Terra".

Dos 31 "sinais vitais" do planeta, que incluem as emissões de gás com efeito estufa, a espessura das geleiras e o desmatamento, 18 já alcançaram níveis recordes preocupantes de acordo com o texto publicado pela revista BioScience.

Apesar da redução temporária das emissões de gás, devido à pandemia de covid-19, as concentrações de CO2 e de metano na atmosfera alcançaram níveis desconhecidos em 2021.

As geleiras estão derretendo 31% mais rápido do que há 15 anos e o desmatamento da Amazônia brasileira também bateu um recorde em 2020, de acordo com os especialistas.

O estudo lembra que já há mais de 4 bilhões de cabeças de gado no mundo todo, o que supera a massa combinada de toda a raça humana e animais selvagens.

"Temos que reagir diante das provas que mostram que nos encaminhamos rumo a pontos sem volta climáticos", declarou um dos autores, Tim Lenton, da Universidade de Exeter.

Alguns desses pontos podem ter sido superados, como o derretimento na Groenlândia e na Antártica, que poderia ser irreversível durante séculos, até mesmo se as emissões de CO2 forem reduzidas.

Os cientistas pedem ações rápidas e radicais em vários setores, como o fim do uso de energia fóssil, a restauração dos ecossistemas, regimes alimentícios vegetarianos e a busca por um novo modelo de crescimento.

"Temos que parar de tratar a emergência climática como um problema independente, o aquecimento não é o único problema de nosso sistema sob pressão", insistiu William Ripple, da Universidade do Estado de Oregon.

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