Renda Fixa com rentabilidade de mais de 30% faz investidores abandonarem a Bolsa de Valores; entenda
Com a Selic a 13,75%, a Renda Fixa se tornou uma oportunidade única de se obter ganhos altos com baixo risco; veja onde investir
Da Redação
Publicado em 4 de agosto de 2022 às 13h30.
Já imaginou obter uma rentabilidade de mais de 30% ao ano investindo em um título como o Tesouro Direto, um dos mais seguros do país? Apesar de parecer loucura, isso já aconteceu há alguns anos e, segundo especialistas, está prestes a acontecer de novo.
Apesar de muitos investidores acreditarem que só é possível obter altos ganhos com investimentos em renda variável, o cenário econômico brasileiro e global tem nos provado o contrário.
A Taxa Selic (a taxa básica de juros da economia brasileira) aumentou de 2%, em março de 2020, para 13,75%, neste mês. E como vários rendimentos de produtos da renda fixa acompanham a Taxa Selic, muitos investidores têm colocado rentabilidades de mais de dois dígitos no bolso investindo em uma das opções mais seguras e conservadoras do mercado financeiro.
Existe um momento certo para cada investimento. Hoje, com uma inflação acumulada de 12 meses que chegou a 11,89%, mas que pode apresentar tendência de queda, estamos diante de uma oportunidade única para investir em renda fixa.
Mas, afinal, o que isso tudo significa na prática e por que essa é uma grande oportunidade?
Até o fim desse texto, você entenderá como funciona a renda fixa, por que essa é uma grande oportunidade e como investir nos títulos certos para obter altos ganhos. Confira:
Como funciona a Renda Fixa?
A renda fixa é qualquer tipo de investimento que possui regras de remuneração definidas no momento da aplicação no título. Na prática, todo título de renda fixa funciona como um empréstimo (seja para o banco, para o governo ou para uma corretora, por exemplo), ou seja, você ‘empresta’ o seu dinheiro para alguma instituição com uma regra de remuneração pré-definida e recebe o pagamento do empréstimo com o passar do tempo.
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No entanto, existem diferentes tipos de investimento quando falamos de renda fixa. São eles:
- CDB (Crédito de Depósito Bancário): São títulos de renda fixa emitidos por bancos para captar recursos. Nessa opção, o seu empréstimo estará financiando ações de curto prazo dos bancos e é o tipo mais comum de empréstimo bancário. Para essa modalidade, é necessário o pagamento de tributação, através da tabela regressiva de I.R.
- LCI (Letra de crédito Imobiliário) e LCA (Letra de Crédito do Agronegócio): São títulos que, diferente do CDB, financiam atividades específicas, como o sistema imobiliário e o agronegócio. Nessa opção, os rendimentos são isentos de imposto de renda.
- Títulos do Tesouro: São títulos em que o beneficiário do empréstimo é o governo e o destino do financiamento são as dívidas públicas. Nessa modalidade, existem 3 tipos de empréstimo: pré-fixado, pós-fixado e indexado à inflação. Diferente dos títulos de crédito privado, os títulos do tesouro podem ser vendidos a qualquer momento.
- Debêntures: São títulos de dívida emitido por empresas privadas e, geralmente, de capital aberto. Vale lembrar que essa opção não é coberta pelo FGC (Fundo Garantidor de Crédito) e, por isso, são investimentos de maior risco.
- CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários) e CRA (Certificado de Recebíveis Agrícolas): Com risco de crédito superior a debêntures, esses títulos são do tipo securitizado. Na prática, uma securitizadora trabalha juntando diversos recebíveis (de fornecedores e clientes diferentes) e, quem comprou os CRIs, recebe esses pagamentos ao longo do tempo. No entanto, por serem diferentes fornecedores e clientes, é mais difícil mensurar o risco de crédito do título.
Em relação às regras de remuneração, temos os pós-fixados (atrelados a uma taxa que muda diariamente, CDI), os prefixados (com uma taxa de retorno anual determinada na compra do ativo) e os indexados à inflação (em que o ativo será corrigido pela inflação + um prêmio).
Afinal, por que estamos diante da maior oportunidade na Renda Fixa dos últimos anos?
Apesar de sempre ouvirmos que os maiores rendimentos estão na Bolsa de Valores, como falamos anteriormente, o momento hoje é de taxas de juros altas (SELIC) e de uma inflação elevada.
Nos últimos 2 anos, o mundo passou por um período de atividade econômica desacelerada devido aos fechamentos parciais da economia global, que afetaram a oferta de produtos. Ao mesmo tempo, vários governos aumentaram a oferta monetária, a fim de oferecer auxílio àqueles que não podiam trabalhar.
A combinação da baixa oferta com muito dinheiro sendo injetado na economia levou os preços às alturas. Não é à toa que os índices inflacionários estão batendo recordes no mundo todo. É o caso dos EUA, que registrou o maior índice inflacionário dos últimos 41 anos em julho deste ano.
Para conter a inflação, fica a cargo do Banco Central utilizar um instrumento de política monetária clássico, que é elevar a taxa básica de juros (Selic). Ao fazer isso, o Banco Central acaba ‘encarecendo’ o dinheiro, diminuindo a procura por crédito e, consequentemente, desacelerando a economia.
Na prática, por estarmos perto do final do ciclo de alta de juros - e de um possível ciclo de queda -, os títulos de renda fixa, como os prefixados e atrelados ao IPCA tendem a se valorizar.
No entanto, engana-se quem pensa que investir em renda fixa é sempre seguro e garantia de bons retornos. É necessário, acima de tudo, que você entenda quais são as opções de investimento , em que momento dos ciclos econômicos cada um deles pode ser mais rentável e, principalmente, em quais títulos vale a pena investir.
Como escolher os melhores títulos para investir?
Para ajudar o investidor a encontrar e aproveitar as oportunidades ainda disponíveis da renda fixa, a EXAME e o BTG Pactual prepararam a Masterclass Gratuita “A Janela da Renda Fixa”.
Marcada para acontecer no dia 11 de agosto, às 19h30, a aula será comandada por Frederico Khouri, especialista em renda fixa e Associate Director na área de Credit research do BTG Pactual. Para participar, basta se cadastrar gratuitamente clicando aqui.
Na aula, o investidor entenderá:
- Como se proteger da inflação utilizando a renda fixa;
- Como encontrar os títulos certos de renda fixa;
- Como fugir das armadilhas dos títulos ruins;
- Como montar uma carteira com alto rendimento para os próximos anos;
- Como aumentar os ganhos dentro da renda fixa sem aumentar o risco
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Com anos de experiência no mercado financeiro, Khouri é responsável pelas análises de ofertas primárias e mercado secundário de ativos de crédito privado corporativo, além de análises para crédito privado bancário.
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