O que você quer ser quando o seu filho crescer?
Os sonhos não acabam na sala de parto e, por isso, não devemos abrir mão deles
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Maternidade e carreira: nossos sonhos ainda estão presentes ao longo da nossa vida (Paula Moreira/Divulgação)

Publicado em 14 de maio de 2023, 07h14.
Há exatamente um ano, eu escrevia uma coluna para a EXAME sobre o Dia das Mães. Com o título “Nossos sonhos não acabam dentro da sala de parto”, falei sobre a culpa ser um sentimento muito presente para as mães e sobre como nos sentimos culpadas por praticamente toda e qualquer decisão nesse papel.
Hoje, um ano depois, me sinto orgulhosa em escrever novamente a coluna para o Dia das Mães. Esse orgulho vem do fato de que sinto uma evolução pessoal em relação à culpa. Deixa eu contextualizar vocês.
Na última semana, a escola do Tom e do Martin, meus filhos, organizou algumas ações e eventos em comemoração ao Dia das Mães. Uma dessas ações era que nós fossemos até a escola para um momento de interação e para receber uma homenagem preparada pelas crianças.
Os meninos estavam super animados com a apresentação. Imaginem vocês, então, tamanha a decepção deles quando contei que não conseguiria participar. No mesmo dia, eu recebi um convite especial para fazer uma palestra na faculdade em que me formei há quase 20 anos -, em São Paulo.
Lembro que na época em que eu era estudante, esses eventos universitários me marcaram muito e sempre sonhei em voltar e participar como palestrante, para retribuir toda a experiência que ele me trouxe. Ou seja, eu estaria na escola das crianças, ou participaria do evento.
Sempre digo que a vida é feita de escolhas difíceis e cada escolha é também uma renúncia. E muitas vezes precisamos de coragem para seguir os nossos sonhos. E nesse caso, eu escolhi ir para a palestra.
Acontece que o mais importante de tudo para mim - e o motivo de eu estar escrevendo sobre isso neste texto - não foi a escolha em si, mas o sentimento que ela me trouxe.
Na mesma semana, a escola fez uma ação com as mães em que tínhamos que responder “o que você vai ser quando seu filho crescer”. E eu achei essa pergunta tão profunda e importante, por simplesmente nunca ter parado para refletir sobre essa perspectiva.
Naquele momento eu entendi, que não é sobre culpa, e sim sobre continuarmos a nossa jornada individual como mulher. É sobre como estamos sempre em busca da nossa melhor versão como mulher, mãe, filha, profissional entre tantos outros papéis.
É como os nossos sonhos ainda estão presentes ao longo da nossa vida e a importância de ensinarmos os nossos filhos a seguirem em busca dos sonhos deles também. Com amor, verdade, coragem e muita determinação.
Tenho aprendido muito sobre isso, a verdade e a previsibilidade em nossas relações com os nossos filhos, e o quanto isso é transformador. O fato é que não existe certo e errado quando o assunto é maternidade, o que existe é a forma como que cada uma de nós faz dar certo.
No final, nós sentimos de perder momentos especiais, eu queria muito estar lá. Mas a nossa presença e conexão é muito além de estarmos fisicamente presentes. No meu caso, eu gravei um vídeo muito especial e foi uma surpresa.
E eu tenho certeza que as minhas palavras e o que eles sentiram foi muito mais importante para a vida deles, que eles aprenderam o quanto é importante ir atrás do que nós queremos e que vão seguir esse exemplo na vida deles.
Dessa vez, foi a forma que nós encontramos de fazer dar certo esse momento.
Neste Dia das Mães, eu deixo essa pergunta aqui para vocês:
O que você quer ser quando o seu filho crescer?
Créditos

Carolina Cavenaghi
Cofundadora e CEO da Fin4sheCarolina Cavenaghi é cofundadora e CEO da Fin4she, uma plataforma que conecta e impulsiona negócios e pessoas através da diversidade. É responsável por liderar e implementar projetos que promovem o protagonismo e a independência financeira.Mais lidas em Invest
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