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Remy Sharp
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Mesmo depois de as ações da Azul terem subido 34% no acumulado do ano, muitos investidores ainda subestimam o potencial de lucro da companhia aérea em meio à retomada da demanda interna e aumento dos preços das passagens, de acordo com analistas do Itaú BBA e do Raymond James.

A Azul registrou seu melhor primeiro semestre desde a oferta pública inicial em 2018, beneficiada por preços mais baixos dos combustíveis, recuperação da demanda por suas rotas regionais e um recente plano de reestruturação da dívida. A empresa foi fundada por David Neeleman, que lançou várias aéreas comerciais, entre elas a JetBlue Airways nos EUA.

“Parte dos investidores ainda não tem total percepção de que a Azul virou uma outra companhia nos últimos seis meses”, disse Gabriel Rezende, analista do Itaú BBA. “Realmente a assimetria de risco e retorno está bem mais favorável.”

No setor, a Azul se destaca pela capacidade de oferecer rotas para mercados menores, onde tem pouca ou nenhuma concorrência. Ao mesmo tempo, uma reestruturação da dívida finalizada no mês passado levou a Moody’s Investors Service a elevar a nota de crédito da companhia em um nível, para Caa1, ao mesmo tempo em que a perspectiva passou de negativa para positiva.

“Essa reestruturação da dívida que a Azul teve nos últimos meses vai levar a ação de volta aos radares dos investidores que, em 2018 e 2019, deixaram de seguí-la porque a percepção de risco aumentou muito”, disse Rezende. “Agora voltamos a um cenário mais normalizado.”

Além disso, a ação da rival Gol está em queda livre depois de a aérea ter vendido quase 2 bilhões de bônus de subscrição de ações no início de agosto, o que levou a um rebaixamento pelo Citi.

As cicatrizes deixadas pela pandemia ainda são sentidas em todo o setor, e investidores continuam cautelosos quanto à recuperação total das companhias aéreas, dada a elevada volatilidade relacionada aos preços dos combustíveis e à força do dólar. Apesar das crescentes preocupações com os problemas econômicos da China e uma possível recessão no exterior, a narrativa geral para aéreas como a Azul parece “limpa”, disse Savanthi Syth, analista de renda variável do Raymond James.

“Os lucros subjacentes aqui são muito, muito mais fortes do que o que o preço das ações reflete”, disse Syth.

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