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Remy Sharp
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Multimercado enfrenta saque mesmo com melhor retorno desde 2015

Os multimercados viram o décimo mês seguido de saídas líquidas em junho, levando o resgate total no período para cerca de R$ 87 bilhões

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Fundos: preocupações sobre uma possível recessão global e a incerteza atrelada à eleição presidencial de outubro também contêm o apetite pela bolsa local (Divulgação/Shutterstock)

Fundos: preocupações sobre uma possível recessão global e a incerteza atrelada à eleição presidencial de outubro também contêm o apetite pela bolsa local (Divulgação/Shutterstock)

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Bloomberg

Publicado em 7 de julho de 2022, 14h24.

Os investidores têm retirado recursos dos fundos multimercado mesmo diante dos melhores retornos em sete anos, dando continuidade ao movimento de rotação para ativos de renda fixa.

Os multimercados viram o décimo mês seguido de saídas líquidas em junho, levando o resgate total no período para cerca de R$ 87 bilhões. Os fundos de ações também têm sido penalizados, registrando uma saída de R$ 56 bilhões desde setembro. Uma porção relevante desse montante tem ido para fundos de renda fixa, que receberam R$ 88,7 bilhões em dinheiro novo no acumulado do ano, segundo dados da Anbima.

Os locais têm direcionado suas apostas em produtos de renda fixa para ganhar com as elevadas taxas de juros, e após muitos terem sofrido com a forte queda do mercado acionário brasileiro no ano passado. Enquanto o desempenho dos fundos tem sido particularmente forte neste ano, os investidores ainda têm evitado grandes apostas na indústria.

“Qualquer recuperação deve ser lenta e gradual, especialmente considerando a competição da renda fixa”, disse Guilherme Abbud, sócio-fundador e diretor de investimentos da Persevera Asset Management. “Mas o pior parece ter ficado para trás” em termos de resgates.

Preocupações sobre uma possível recessão global e a incerteza atrelada à eleição presidencial de outubro também contêm o apetite pela bolsa local e por fundos focados em ações.

Enquanto muitos gestores avaliam os múltiplos atuais do mercado brasileiro como atrativos, os resgates contínuos forçam os fundos a reduzir ou zerar posições no mercado local, pressionando especialmente nomes menos líquidos. O índice MSCI Brazil tem performance superior à do índice de referência para emergentes, mas ainda cai 6% desde o início do ano.

O desempenho, enquanto isso, tem sido sólido. O IHFA, uma cesta de multimercados, subiu 8,32% na primeira metade do ano -- a melhor performance para um primeiro semestre desde 2015. O fundo Raptor, da SPX Capital, liderou os ganhos no período, juntando-se a uma série de gestores locais que corretamente previram uma alta nas taxas de juros globais.

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