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Com volta ao escritório, fundos imobiliários de lajes devem se recuperar?

Segmento triple A sofreu pouco com isolamento e começa a registrar ocupações maiores

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Augusto Martins, do Credit Suisse, e Leandro Bousquet da Vinci, em painel do Fórum GRI (GRI/Divulgação)

Augusto Martins, do Credit Suisse, e Leandro Bousquet da Vinci, em painel do Fórum GRI (GRI/Divulgação)

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Marília Almeida

Publicado em 11 de novembro de 2021 às, 12h59.

Última atualização em 11 de novembro de 2021 às, 14h05.

Depois de previsões apocalípticas de que os escritórios iriam acabar, o caminho de recuperação para os fundos imobiliários que investem em lajes corporativas está dado. Isso porque o Brasil é um dos países que mais vacinou sua população em termos absolutos, algo crucial para que empresas chamem os funcionários de volta para o escritório ou, ao menos, instituam um modelo híbrido de trabalho. E a maioria, segundo pesquisas já divulgadas, deve optar por esse regime.

Como resultado, a direção do mercado já se inverteu, pelo menos no mercado de alto padrão. Desde o início da pandemia há absorção líquida de novos contratos no segmento triple A, que é onde os grandes fundos imobiliários do segmento investem. Ou seja, existem mais contratos sendo celebrados do que cancelados. É o que aponta Adriano Sartori, vice-presidente do CBRE, consultoria de locação de imóveis, em painel do Fórum GRI de Fundos Imobiliários.

Sartori mediou a conversa com dois gestores de fundos: Augusto Martins, head de real estate da Credit Suisse Hedging-Griffo, e Leandro Bousquet Viana, head de real estate da gestora Vinci Partners. Veja abaixo os principais trechos da conversa:

Mercado está de lado? Depende

Questionado sobre se o mercado de investimento em lajes corporativas está em crise, Martins, do Credit Suisse, pondera. "Depende. Para quem comprou fundo em 2019 e vendeu a cota ontem está horrível. Mas para quem está comprando hoje é uma grande oportunidade. Os indicadores são favoráveis a um aumento do retorno no médio e longo prazo".

O gestor analisa que muitas empresas que desocuparam prédios comerciais no ano passado já precisavam desocupá-los antes da crise, pois tinham problemas de caixa. "Neste ano, muitas empresas já estão se organizando e há uma grande retomada. Um dos nossos prédios, em Alphaville (região metropolitana de São Paulo), chegou a ter ocupação de 10% no ápice pandemia e hoje já está perto de 55%".

Bousquet, da Vinci, aponta que navegar na pandemia não foi fácil, mas ressalta que a crise não foi suficiente para aumentar a inadimplência. "Chegamos a ter, no auge da crise, muitas renegociações, postergações e descontos nos contratos. Mas logo voltamos a ficar sem inadimplência". Uma das razões para o bom desempenho dos fundos da gestora é ter optado por aplicar em ativos de mercados subofertados, que sofreram menos por questão de oferta.

Martins, do Credit Suisse, aponta que os ativos estão descontandos, e acredita que o ajuste dos fundos ser dará mais pela maior capacidade de renda futura do que pelo preço da cota.

Perspectiva

Martins, do Credit Suisse, aponta que o básico bem feito continuará a oferecer renda aos investidores. "Continuaremos investindo em edifícios com bom pé direito, sistema de ar condicionado e poucas colunas. Ou seja, uma boa infraestrutura, além de transporte público e serviços no entorno. O resto se arruma".

O gestor conta que também vem sentindo a pressão por investimentos com características ESG, assim como Bousquet, da Vinci. "Os inquilinos vêm demandando mais áreas abertas, verdes e design moderno. "São diferenciais em relação aos pontos básicos que olhamos".

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