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Novo presidente do BB mantém plano de demissão e fechamento de agências

Medidas de redução de custos para ganho de eficiência e produtividade haviam sido criticadas por Bolsonaro e culminaram com a saída do então CEO André Brandão

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Fausto Andrade Ribeiro, o novo presidente do Banco do Brasil (EVARISTO SA /)

Fausto Andrade Ribeiro, o novo presidente do Banco do Brasil (EVARISTO SA /)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 7 de maio de 2021 às, 10h14.

Última atualização em 7 de maio de 2021 às, 13h57.

O recém-empossado presidente do Banco do Brasil (BBAS3), Fausto Andrade Ribeiro, irá manter o plano de demissão voluntária e o de fechamento de agências, aprovado no início do ano, como parte da estratégia de reduzir os gastos recorrentes em 3 bilhões de reais ao ano. O plano do banco é diminuir em até 10 bilhões de reais as despesas acumuladas até 2025.

"Aquilo que já passou e foi aprovado tanto no Conselho Diretor quanto no Conselho de Administração permanece, mesmo porque qualquer alteração teria que passar por todo esse rito", afirmou Ribeiro Andrade em coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira, 7, por ocasião dos resultados do primeiro trimestre.

Como reflexo das declarações e do resultado, as ações do BB sobem mais de 3% nesta sexta.

O plano de demissão de funcionários e de fechamento de agências é o mesmo que culminou com a saída do ex-presidente André Brandão. Em sua saída, Brandão citou "problemas de comunicação" com o presidente da República, Jair Bolsonaro, sobre o plano. No mercado, porém, a versão é de que Bolsonaro estaria preocupado com a possibilidade de a medida afetar sua popularidade e por isso teria pedido a cabeça do então presidente do Banco do Brasil.

Como reflexo dessa ingerência velada, as ações do BB acumulavam queda de cerca de 25% no ano até a quinta-feira, 6. É uma desvalorização muito acima da registrada pelos seus pares no setor privado, como Itaú Unibanco (ITUB4).

Somente no primeiro trimestre, o banco fechou 284 agências tradicionais, e o número deve aumentar até o fim do ano. "Dizer que não vai haver nenhuma redução [do número de agências] talvez eu estaria forçando a barra. O importante é que estamos fazendo a revisão periódica de nossa rede para que tenhamos o tamanho adequada e sempre com foco na eficiência operacional", disse.

Segundo o presidente do Banco do Brasil, será o comportamento dos clientes que determinará o ritmo dos fechamentos de agência. "[Mas] é claro que tem uma tendência irrefutável de mais clientes utilizando meios digitais. Inclusive, essa técnica de indução dos clientes [às plataformas digitais] preserva bastante a questão da eficiência."

Questionado se iria adotar uma estratégia diferente de seu antecessor, Andrade Ribeiro disse que recebeu como missão do governo de "liderar o banco em busca de eficiência operacional, rentabilidade e prestar um serviço de excelência a população brasileira. Basicamente, é isso. Não tem nada de diferente."

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