Pagamento por aproximação cresce quatro vezes, impulsionado pela pandemia
Pesquisa da Mastercard mostra que 77% dos brasileiros têm usado dinheiro com menos frequência ou abandonaram o uso do papel moeda desde o início da crise
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Pagamento por aproximação: 75% dos brasileiros disseram que pretendem continuar usando essa forma de pagamento mesmo depois da pandemia (Mastercard/Divulgação)
Publicado em 29 de abril de 2020, 11h53.
Última atualização em 29 de abril de 2020, 12h52.
Os pagamentos por aproximação (chamados de contactless) aumentaram quatro vezes no Brasil em março. Esse avanço tem a ver com o maior número de cartões com a tecnologia NFC (near field communication) em circulação no país - que hoje é de algo em torno de 10 milhões de um universo de 350 milhões de plásticos -, mas não apenas. O isolamento social também acelerou o anseio por pagamentos sem contato com a maquininha.
Pesquisa feita pela Mastercard com 17.000 pessoas em 19 países mostra que sete em cada 10 latino-americanos estão preocupados com os impactos do uso do dinheiro para a sua saúde e por isso a maioria diminuiu o uso do papel moeda durante a pandemia do novo coronavírus. O Brasil não é exceção. Cerca de 77% dos brasileiros têm usado dinheiro com menos frequência ou abandonaram o uso do papel moeda desde que a crise de saúde começou.
"Um dos dados que mais me chamou atenção foi que 75% dos brasileiros disseram que pretendem continuar usando o pagamento por aproximação mesmo depois da pandemia", afirma João Pedro Paro, presidente da Mastercard, em conversa com jornalistas na manhã desta quarta-feira. Cerca de 69% dos brasileiros afirmaram que a pandemia os incentivou a usar pagamentos por aproximação e 88% dizem que esse método é mais conveniente.
Esses dados dão subsídios para que bandeiras, adquirentes e emissores aumentem o valor que pode ser transacionado por aproximação sem a necessidade de o consumidor digitar sua senha. Hoje, o limite é 50 reais, mas a média de gastos por compra no cartão de crédito é de 120 reais e no débito, de 60 reais. "Já há um consenso de que esse aumento é viável, mas ainda não está certo para qual valor", afirma Paro.
O sonho, segundo o executivo, é replicar o exemplo dos países desenvolvidos, onde o pagamento por aproximação chega a 90% das transações. "O Chile e a Costa Rica chegaram à metade das transações em um ano, acho que é viável que cheguemos também. O consumidor é que vai nos empurrar nessa direção", acrescenta.
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