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Novo app do Itaú transfere dinheiro usando limite do cartão de crédito

O iti também é voltado aos lojistas, que podem receber pagamentos com taxa de 1% sobre a operação, sem mensalidade

Itaú lança iti (Itaú/Reprodução)

Itaú lança iti (Itaú/Reprodução)

Anderson Figo

Anderson Figo

Publicado em 13 de maio de 2019 às 13h08.

Última atualização em 13 de maio de 2019 às 15h58.

São Paulo — O Itaú lançou nesta segunda-feira (13) o iti, um aplicativo de pagamentos que permite fazer transferências para qualquer pessoa usando um código digital ou a sua lista de contatos, de graça. As operações também podem ser feitas com cartões de crédito de qualquer banco — a pessoa recebe na hora e você só paga na fatura.

"O iti foi desenhado para ser um produto totalmente sem barreiras. Não precisa comprovar renda nem esperar muito tempo para ser aprovado", diz Lívia Chanes, diretora do iti. "Um dos pilares do nosso modelo é a liberdade, por isso não precisa ser correntista do Itaú."

"É o que nós acreditamos que seja o futuro do mercado. É uma plataforma digital que oferta produtos de pagamento. Crédito, incluindo cartões, seguros, investimentos. Tudo em arquitetura aberta", diz Márcio Schettini, diretor geral do banco de varejo do Itaú Unibanco.

As pessoas físicas podem se cadastrar na plataforma com uma selfie e, em seguida, já estão aptas para carregar a conta via transferência ou até boletos. Assim, podem fazer pagamentos ou transferências.

Os saques e transferências externas serão gratuitos até o fim deste ano — depois disso, podem ser cobrados. Em princípio, as transferências ficam limitadas a mil reais por dia, o que cobre mais de 90% da demanda. O iti vai aumentar o limite aos poucos, conforme o uso do app pelos clientes.

O pagamento via QR code não é exatamente uma novidade, e outros apps já oferecem o serviço, como o PicPay. O mesmo vale para o uso do limite do cartão de crédito de qualquer banco para fazer transferências e pagar somente no vencimento da fatura.

O Itaú aposta, porém, na "experiência iti" — a possibilidade de qualquer pessoa poder baixar o aplicativo e usá-lo, sem burocracia. Isso pode ser vantajoso para o público desbancarizado — pessoas que têm dinheiro, mas não têm conta em banco.

A grande vantagem do iti, na verdade, é para os lojistas, que poderão usar maquininhas da Rede (também do Itaú) para receber pagamentos. A ideia do banco é que outras maquininhas também possam aceitar o iti no futuro.

Não há mensalidade nem taxa de antecipação de recebíveis. O lojista paga apenas 1% por operação e recebe o dinheiro na hora.

Os recebimentos dos lojistas também podem ser transferidos para qualquer instituição financeira ou permanecer no iti, já que com a plataforma não é necessário ter conta em banco.

A taxa de 1% é bem menor do que normalmente as maquininhas cobram do lojista — na própria Rede, a tarifa é de 1,99% no débito e de 3,49% no crédito, para recebimento em dois dias.

No modelo do iti, a taxa paga pelos lojistas vai integralmente para o app, sem a tradicional divisão entre a bandeira, o adquirente e o emissor.

A Rede fechou um contrato de prestação de serviço para o iti, e vai ganhar um fee mensal de acordo com o volume transacionado em suas maquininhas — o percentual não foi aberto.

Por esse motivo, os diretores do Itaú não enxergam um "canibalismo" com as operações do iti se sobrepondo às da Rede. O iti estará disponível para smartphones iOS e Android no terceiro trimestre de 2019.

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