Minhas Finanças

Justiça Federal realiza leilão de imóveis com 50% de desconto

Serão leiloados 65 imóveis (terrenos, casas, apartamentos, salas comerciais) e 95 veículos

Leilão: maioria dos imóveis está em São Paulo (Germano Lüders/Exame Hoje)

Leilão: maioria dos imóveis está em São Paulo (Germano Lüders/Exame Hoje)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 17 de outubro de 2020 às 08h23.

A Justiça Federal realiza na próxima segunda-feira, 19, o leilão de 65 imóveis (terrenos, casas, apartamentos, salas comerciais) e 95 veículos. É primeira vez que a Justiça realizará um pregão online e a leiloeira responsável será a Fidalgo Leilões. 

Os bens serão leiloados com descontos a partir de 50%, ou seja, metade do valor de mercado, e dependendo do processo com parcelamento sendo 20% de entrada mais 59 parcelas. 

A maioria dos imóveis está localizado no estado de São Paulo, nas capital, Araçatuba, Barretos, Bauru, Botucatu, Campos do Jordão, Descalvado, Itapeva, Jaú, Jardim Paulista, Liberdade, Lucélia, Magda, Ourinhos, Pindamonhangaba, Pirituba, Salto Grande, Santo André, São Bernardo do Campo, São Carlos, São José dos Campos, São José do Rio Preto, Urupês. Também há um lote em Novo Acordo em Tocantins. 

Entre os imóveis, os destaques estão um prédio e respectivo terreno situado à no bairro do Jardim Peri em São Paulo, com lance inicial de R$ 380.000,00. Já entre os veículos estão Palio Fire Flex, ano de fabricação. 2006, ano mod. 2007 com lance inicial de  R$ 17.209,0 e um Ford Ecosport FSL 1.6 Flex, ano 2011, modelo 2012, com  lance inicial R$ 34.300,00. 

Qualquer pessoa física ou jurídica poderá participar do leilão, devidamente cadastrado no site www.fidalgoleiloes.com.br, onde consta lista completa dos bens a serem leiloados. 

Cuidados ao comprar um imóvel

Apesar dos descontos serem atrativos, antes de comprar um imóvel em um leilão é necessário tomar alguns cuidados. O primeiro é optar por imóveis que estejam desocupados, já que muitas vezes a saída do morador da casa arrematada pode ser discutida na Justiça, mesmo o comprador tendo em mãos uma carta de arrematação que permite solicitar a desocupação. Para ir à Justiça, o comprador do imóvel precisará contratar um advogado e precisar de uma dose de paciência, já que a data de desocupação pode demorar mais do que o esperado. 

Outra dica importante é pesquisar se o imóvel tem outras dívidas, como IPTU e taxas que deixaram de ser pagas pelo antigo morador. Os pagamentos desses débitos serão de responsabilidade do comprador. Vale lembrar que a compra de um imóvel implica arcar com o pagamento de outras despesas, como a taxa de registro em cartório, o imposto sobre a transmissão de bens imóveis (ITBI). 

É fundamental também avaliar a forma de pagamento do imóvel determinada no edital do leilão. Muitos leilões não permitem, por exemplo, a utilização do FGTS no pagamento do imóvel arrematado. Também é necessário pagar ao leiloeiro uma comissão adicional de 5% do valor do lance no ato da arrematação. Por outro lado, muitas vezes é possível obter descontos de até 10% se o pagamento for feito à vista. Em geral, é necessário arcar com um sinal correspondente a 30% do valor do imóvel e o saldo devedor pode ser dividido em diversas parcelas. Alguns leilões permitem o financiamento da dívida, mas é necessário contratar o empréstimo com antecedência.

Por fim, verifique no edital a descrição das condições de venda, o estado de conservação, a forma de pagamento, o preço mínimo, a comissão do leiloeiro, os impostos e o modelo de contrato que será assinado pelas partes.

Acompanhe tudo sobre:ImóveisLeilões

Mais de Minhas Finanças

Renegociação de dívidas de IPVA em SP: mutirão presencial termina nesta quinta-feira

Receita Federal altera declaração de despesas médicas no Imposto de Renda; entenda

STJ decide que PIS/Cofins faz parte da base de cálculo do ICMS

Governo atrasa pagamento do Auxílio-Gás para 5,5 milhões de famílias em dezembro