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Crise criou “apagão” de carros usados e faz seminovo valer mais

Queda na compra de veículos novos entre 2015 e 2017 reduziu a oferta para quem procura carros de até 3 anos de idade hoje

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Webmotors: Depreciação do valor do carro, que era de 10% a 15% ao ano, chega a 5% hoje (Ciete Silverio/Quatro Rodas)

Webmotors: Depreciação do valor do carro, que era de 10% a 15% ao ano, chega a 5% hoje (Ciete Silverio/Quatro Rodas)

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Juliana Elias

Publicado em 6 de julho de 2019, 06h00.

Última atualização em 6 de julho de 2019, 06h00.

São Paulo - Quem comprou um carro novo dois ou três anos atrás pode se deparar com uma boa surpresa no mercado caso decida vendê-lo agora: há relativamente poucos seminovos à venda. O resultado é que as pessoas estão pagando mais por carros usados.

É o que afirma o diretor de marketing da Webmotors, Rafael Constantinou, com base nos dados de anúncios e pesquisas feitas no site de busca de veículos. De acordo com ele, os anos de recessão e crescimento fraco entre 2015 e 2017 fizeram as vendas de veículos novos no país despencarem. O resultado é uma espécie de apagão de seminovos hoje – carros usados com pouco mais ou pouco menos de três anos de idade.

Por outro lado, o crédito cresce aos poucos e a demanda volta a avançar, a procura pelo automóvel de segunda mão também ganha força, e esse descompasso entre a demanda em retomada e a oferta curta tem ajudado a segurar os preços dos carros usados.“A depreciação ficou menor”, diz Constantinou.

Ele explica que se, em 2013 ou 2014, eram vendidos 4 milhões de carros novos por ano no país, depois de 2015 este número caiu para 2 milhões. Com o estoque de carros seminovos pela metade, o valor passou a ser maior do que seria há alguns anos atrás.

De R$ 100 mil para R$ 115 mil

Constantinou deu o exemplo do Jeep Compass, marca que tem subido entre os mais buscados da Webmotors: um modelo comprado no início de 2018 na faixa de 120 mil a 130 mil reais está com preço de venda, hoje, em torno dos 115 mil reais, considerada a média de negociações nos anúncios da Webmotors.“Se fosse alguns anos atrás, o dono conseguiria vender por no máximo 100 mil ou 105 mil reais, um ano depois”, diz o executivo.

A depreciação, que costumava ser de 12% a 15% em um ano, está em 10% ou até 5% ou seja, quem comprou um carro há um ano consegue vende-lo, agora, por quase o mesmo preço que pagou.

Plataforma de anúncios de veículos, a Webmotors recebeu 1,4 milhão de anúncios no primeiro semestre de 2019, em sua grande maioria de usados, e somou 1,5 bilhão de buscas no período.

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