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Alunos da Fatec Itapetininga se destacam no Simulador EXAME

Dos dez primeiros, três são estudantes da mesma classe de Comércio Exterior e foram incentivados pelo professor

Ações de Small Caps, como a Mundial, renderam bons ganhos ao pessoal da FATEC. (Divulgação)

Ações de Small Caps, como a Mundial, renderam bons ganhos ao pessoal da FATEC. (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 23 de maio de 2011 às 16h14.

São Paulo – A estratégia de operar “micos” está rendendo uma colocação de destaque para três estudantes de Comércio Exterior da FATEC de Itapetininga no Simulador EXAME de ações. Três alunos da classe de Economia do professor Henrique Demiya ocupam o quarto, o quinto e o nono lugares no ranking de rentabilidade anual da ferramenta, que simula um home broker no mercado à vista de ações.

A coincidência não é fruto do acaso. Sandro Camargo, Leandro Costa e Fabiano Oliveira foram apresentados recentemente ao mercado de capitais e ao Simulador pelo professor Henrique Demiya, que há muito recomenda simuladores de ações para os alunos praticarem o que aprendem sobre o mercado, antes de começarem a investir de fato.

“Quando surgiu o simulador EXAME eu passei a indicá-lo aos alunos, pois ele tem menos restrições que os outros. A maioria dos simuladores só permite a operação das ações que estão no índice, mas o da EXAME permite a negociação de quase todos os papéis listados na Bolsa”, explica Demiya. O Simulador da EXAME foi desenvolvido pela BM&FBovespa.

Esse não é um mero detalhe para os alunos da FATEC Itapetininga. Para alcançarem os ganhos que lhes colocam entre os dez mais, os estudantes negociam principalmente papéis baratos de small caps, de baixa liquidez, os chamados “micos”. As operações são sempre de day trade, iniciadas e encerradas no mesmo dia. Essa é a estratégia preferida do professor Henrique Demiya, que também é trader. “Muitas vezes as melhores oportunidades de alta não estão em papéis do índice”, diz o professor.

Nenhum dos três é investidor

Os alunos bem colocados no ranking estão no segundo período do curso de Comércio Exterior e nenhum deles investe em ações ou trabalha no mercado financeiro. Sua intenção é praticar bastante antes de começar a usar dinheiro de verdade. O mais bem colocado é Sandro Camargo, de 39 anos, que está em quarto lugar com uma rentabilidade anual acumulada de 67,3%. Ele tem estado entre os dez melhores desde que começou a usar o Simulador, e chegou a ficar em primeiro lugar.


Formado em administração e funcionário público, Sandro pretende se tornar trader quando tiver mais segurança no mercado de ações. “Os ativos que operei foram os papéis da Agrenco (AGEN11), Fábrica de tecidos Carlos Renaux (FTRX4), Mundial (MNDL4) e Hercules (HETA4), e somente um ativo por dia de operação. Também negociei com blue chips, como Petrobras e OGX”, revela.

Em quinto lugar, com uma rentabilidade acumulada de 55,2%, o supervisor de marketing Leandro Costa pretende usar os conhecimentos adquiridos no mercado de ações para turbinar suas próprias finanças. Mas não pretende largar a profissão para se dedicar exclusivamente ao mercado. “Eu procuro nos micos ganhos rápidos em espaços de tempo curtos. Nessas empresas pouco negociadas, aparece uma oportunidade quando acontece algo relevante”, diz o jovem de 28 anos. Entre os papéis que opera, ações da Laep (MILK11), DTcom-Direct (DTCY3) e Habitasul (HBTS5).

O representante de vendas Fabiano Oliveira, de 33 anos, vem em nono lugar, com rentabilidade de 31,4%. “Eu gostaria de me tornar trader mesmo, com a cara no computador. Espero muito do mercado de ações”, diz. “O que menos opero no Simulador são as ações da Vale e da Petrobras, porque o mercado está horrível”.

Foco nos eventos que envolvem as empresas

Para pessoas que operam como Henrique Demiya e seus alunos, tanto faz se o mercado está em alta ou em baixa, ou mesmo se anda de lado em meio a incertezas. Eles podem operar comprados ou vendidos, dependendo da condição do mercado, e preferem focar em papéis de empresas pouco negociadas que passarão por eventos marcantes nos próximos dias.

Esses traders se valem tanto de análise técnica quanto fundamentalista, pois escolhem os papéis após conhecer bem as empresas e os eventos pelos quais elas vão passar. E não deixam de acompanhar atentamente o noticiário especializado, ou mesmo ferramentas novas, como o Twitter. “Uma empresa como a Agrenco, em fase de recuperação, possibilitou ganhos toda vez que havia uma reunião com seus credores”, exemplifica Demiya.

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