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Venezuela diz que reservas de petróleo superaram as sauditasVene

CARACAS, 16 de janeiro (Reuters) - A Venezuela superou a Arábia Saudita como detentora das maiores reservas de petróleo comprovadas do mundo, afirmou o governo venezuelano na noite de sábado. As reservas foram estimadas em 297 bilhões de barris ao final de 2010. O ministro de Energia, Rafael Ramírez, disse à Reuters que as novas […]

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Da Redação

Publicado em 16 de janeiro de 2011 às 11h32.

CARACAS, 16 de janeiro (Reuters) - A Venezuela superou a
Arábia Saudita como detentora das maiores reservas de petróleo
comprovadas do mundo, afirmou o governo venezuelano na noite de
sábado. As reservas foram estimadas em 297 bilhões de barris ao
final de 2010.

O ministro de Energia, Rafael Ramírez, disse à Reuters que
as novas reservas, que ampliaram o total em 41 por cento em
relação ao ano anterior, foram registradas no grande Cinturão
de Orinoco.

Um alegre presidente Hugo Chávez disse ao Parlamento que as
reservas da Venezuela agora superaram as da Arábia Saudita.

"Temos o suficiente para 200 anos", afirmou o presidente em
um discurso no qual negou ser um ditador, reclamou estar sendo
injustamente "demonizado" e ofereceu entregar os criticados
poderes de decreto um ano antes da data prevista.

Há sugestões de que países como Arábia Saudita e Venezuela
exageraram no passado ao relatar o tamanho de suas reservas de
petróleo, embora os produtores neguem tais acusações.

Alguns especialistas indicam que os números dos membros da
Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) não
mudaram em vários anos, sugerindo que as novas descobertas se
igualaram perfeitamente à produção, enquanto outros afirmam que
a falta de verificações independentes abre espaço para
dúvidas.

A Opep disse que as reservas da Arábia Saudita estavam em
265 bilhões de barris em 2009.

A vantagem saudita é a de que seu petróleo é
predominantemente leve, convencional e de fácil bombeamento,
enquanto os depósitos de Orinoco são pesados e precisam ser
melhorados ou misturados com uma qualidade da commodity mais
leve para criar uma mistura exportável.

Há um ano, o Serviço Geológico dos Estados Unidos informou
que o Cinturão de Orinoco tinha 513 bilhões de barris
recuperávei se os custos de extração do petróleo não forem um
problema.

Alguns especialistas dizem que a geologia da região
significa que é incerto quanto petróleo pode ser extraído e
que, mesmo com os preços do barril em ascensão e chegando perto
dos 100 dólares, explorar a maioria da reserva seria
proibitivamente caro.

Também há dúvidas sobre quando os projetos do Orinoco
ficarão disponíveis, devido à má administração da companhia
estatal venezuelana PDVSA, que tem fatia majoritária em cada
bloco. Também existem incertezas sobre investir na Venezuela,
onde Chávez nacionalizou a maioria da indústria petrolífera.

A tecnologia necessária para bombear o petróleo
ultra-pesado de Orinoco é muito mais complicada e cara do que
as máquinas que extraem o petróleo leve. Como especialistas
dizem que as reservas mundiais de petróleo leve estão acabando,
contudo, o futuro da indústria petrolífera está em regiões de
produção mais difícil, como o Cinturão de Orinoco, o pré-sal do
do Brasil e o petróleo arenoso do Canadá.

(Reportagem adicional de Daniel Wallis)

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CARACAS, 16 de janeiro (Reuters) - A Venezuela superou a
Arábia Saudita como detentora das maiores reservas de petróleo
comprovadas do mundo, afirmou o governo venezuelano na noite de
sábado. As reservas foram estimadas em 297 bilhões de barris ao
final de 2010.

O ministro de Energia, Rafael Ramírez, disse à Reuters que
as novas reservas, que ampliaram o total em 41 por cento em
relação ao ano anterior, foram registradas no grande Cinturão
de Orinoco.

Um alegre presidente Hugo Chávez disse ao Parlamento que as
reservas da Venezuela agora superaram as da Arábia Saudita.

"Temos o suficiente para 200 anos", afirmou o presidente em
um discurso no qual negou ser um ditador, reclamou estar sendo
injustamente "demonizado" e ofereceu entregar os criticados
poderes de decreto um ano antes da data prevista.

Há sugestões de que países como Arábia Saudita e Venezuela
exageraram no passado ao relatar o tamanho de suas reservas de
petróleo, embora os produtores neguem tais acusações.

Alguns especialistas indicam que os números dos membros da
Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) não
mudaram em vários anos, sugerindo que as novas descobertas se
igualaram perfeitamente à produção, enquanto outros afirmam que
a falta de verificações independentes abre espaço para
dúvidas.

A Opep disse que as reservas da Arábia Saudita estavam em
265 bilhões de barris em 2009.

A vantagem saudita é a de que seu petróleo é
predominantemente leve, convencional e de fácil bombeamento,
enquanto os depósitos de Orinoco são pesados e precisam ser
melhorados ou misturados com uma qualidade da commodity mais
leve para criar uma mistura exportável.

Há um ano, o Serviço Geológico dos Estados Unidos informou
que o Cinturão de Orinoco tinha 513 bilhões de barris
recuperávei se os custos de extração do petróleo não forem um
problema.

Alguns especialistas dizem que a geologia da região
significa que é incerto quanto petróleo pode ser extraído e
que, mesmo com os preços do barril em ascensão e chegando perto
dos 100 dólares, explorar a maioria da reserva seria
proibitivamente caro.

Também há dúvidas sobre quando os projetos do Orinoco
ficarão disponíveis, devido à má administração da companhia
estatal venezuelana PDVSA, que tem fatia majoritária em cada
bloco. Também existem incertezas sobre investir na Venezuela,
onde Chávez nacionalizou a maioria da indústria petrolífera.

A tecnologia necessária para bombear o petróleo
ultra-pesado de Orinoco é muito mais complicada e cara do que
as máquinas que extraem o petróleo leve. Como especialistas
dizem que as reservas mundiais de petróleo leve estão acabando,
contudo, o futuro da indústria petrolífera está em regiões de
produção mais difícil, como o Cinturão de Orinoco, o pré-sal do
do Brasil e o petróleo arenoso do Canadá.

(Reportagem adicional de Daniel Wallis)

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