Venda do SVB, arcabouço fiscal de volta ao radar, Focus pós-Copom e o que mais move os mercados
Acordo do First Citizens Bank com a agência reguladora dos EUA pelos ativos do banco de startups trouxe alívio para os mercados
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Painel de cotações da B3 (Germano Lüders/Exame)
Publicado em 27 de março de 2023, 07h32.
Última atualização em 27 de março de 2023, 12h58.
A semana começou com a preocupação internacional para o setor bancário após o Deutsche Bank aparecer como a possível próxima vítima do quebra-quebra que tem sido observado no último mês. Mas uma novidade nos Estados Unidos trouxe alívio: o acordo do First Citizens Bank com a agência reguladora dos EUA, a FDIC, para a compra do Silicon Valley Bank (SVB).
Na Europa, as ações subiam, mesmo com os pregões da Ásia tendo fechado em queda. Os pré-mercados americanos também operavam no positivo por volta das 7h da manhã do horário de Brasília.
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Por aqui, o cancelamento da viagem do presidente Lula à China por causa de uma pneumonia faz com que os investidores voltem a criar expectativa pela apresentação do arcabouço fiscal.
Desempenho dos indicadores às 7h (de Brasília)
- Dow Jones futuro (Nova York): + 0,48%
- S&P 500 futuro (Nova York): + 0,51%
- Nasdaq futuro (Nova York): + 0,28%
- DAX (Frankfurt): + 1,13%
- CAC 40 (Paris): + 0,96%
- FTSE 100 (Londres): +0,64%
- Stoxx 600 (Europa): + 1,10%
- Hang Seng (Hong Kong): - 1,75%
First Citizens Bank compra SVB
O banco First Citizens fechou um acordo com a Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC), a autoridade americana para o setor, para a compra de ativos do Silicon Valley Bank (SVB), o banco das startups.
A negociação inclui a venda de 72 bilhões de dólares de ativos com um desconto de US$ 16,5 bilhões, de acordo com a agência reguladora. Além disso, o SVB tinha no momento da falência, em 10 de março, 119 bilhões de dólares em depósitos.
Arcabouço fiscal de volta ao radar
O cancelamento da viagem de Lula à China por causa de seu diagnóstico de pneumonia cria a expectativa de que o novo arcabouço fiscal pode ser apresentado nos próximos dias. Segundo falas anteriores do ministro da Fazena, Fernando Haddad, o texto já está fechado pela área técnica.
Segundo reportagem do "Valor Econômico", o novo marco fiscal deve fazer parte de um tripé que apoiará o orçamento. Enquanto o arcabouço trará a trajetória esperada para as contas públicas, o Ministério do Planejamento deverá trazer critério de desempenho e o orçamento passará a ter horizonte maior, de 3 a 4 anos.
Focus pós-Copom
Investidores devem ficar atentos também à divulgação do boletim Focus, o primeiro após a decisão do Copom que manteve a Selic em 13,75% ao ano. O boletim traz projeções do mercado para os principais indicadores da economia brasileira. As atenções devem continuar com as perspectivas para a inflação. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), prévia da inflação mensal, subiu 0,69% em março. A divulgação do Focus será feita às 8h25 (horário de Brasília).
Veja também
Quais os balanços do dia?
A temporada de balanços do quarto trimestre conta com nove balanços nesta segunda-feira, entre eles o da Bradespar (BRAP4) e o da Rede D'Or (RDOR3). Veja a lista:
- Ânima (ANIM3)
- Boa Safra (SOJA3)
- Bradespar (BRAP4)
- ClearSale (CLSA3)
- Dexxos Par (DEXP3)
- Espaçolaser (ESPA3)
- Rede D'Or (RDOR3)
- Saraiva (SLED4)
- Tupy (TUPY3)
Como o Ibovespa fechou no último pregão?
O Ibovespa aprofundou a tendência negativa na última semana e caiu 3%, em sua quinta queda semanal consecutiva. Nesta sexta-feira, 24, o principal índice da B3 subiu quase 1% em um movimento de correção, mas não conseguiu apagar as perdas dos últimos dias e fechou abaixo da marca simbólica dos 100.000 pontos. O Ibovespa fechou aos 98.829 pontos.
Créditos

Beatriz Quesada
Repórter de InvestFormada pela USP, trabalha na cobertura de mercados e negócios na EXAME. Foi repórter na revista Capital Aberto e produtora na Rádio Band News FM.
Raquel Brandão
Repórter de InvestJornalista há mais de uma década, foi repórter do Estadão, passando pela coluna do comentarista Celso Ming. Também foi repórter de empresas e bens de consumo no Valor Econômico. Na Exame desde 2022, cobre companhias abertasÚltimas Notícias
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