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Ultrapar salta 15% após balanço e puxa Cosan; só 4 ações do Ibovespa caem

Papéis da Ultrapar lideram os ganhos do Ibovespa na sessão, enquanto CSN, as perdas

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Bolsa: mercado segue tom positivo antes de resultado de eleições americanas (Germano Lüders/Exame)

Bolsa: mercado segue tom positivo antes de resultado de eleições americanas (Germano Lüders/Exame)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 5 de novembro de 2020 às, 10h28.

Última atualização em 5 de novembro de 2020 às, 18h52.

As ações do grupo Ultrapar (UGPA3) dispararam 15,09% nesta quinta-feira, 5, figurando como a maior alta do Ibovespa, após o lucro líquido registrado no terceiro trimestre surpreender as estimativas de analistas, ficando em 277 milhões de reais. O lucro bruto da companhia cresceu 1% em relação ao mesmo período do ano passado para 1,64 bilhão de reais, mas a receita líquida teve queda de 11% para 20,72 bilhões de reais.

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“Os números vieram ligeiramente positivos. A contenção de custos dos produtos vendidos e serviços restados foi bem-vinda e ajudou a dar impulso ao balanço”, avaliam analistas da Exame Research.

Na visão do Credit Suisse, a maior surpresa veio da Ipiranga, com o Ebitda ajustado de 553 milhões de reais, 10% superior às estimativas do banco. Diante disso, o banco elevou a recomendação da ação da companhia de neutra para outperform, equivalente a compra, embora não tenha alterado o preço-alvo de 23 reais para o papel. A meta implica em um potencial de valorização de 34% frente ao fechamento de ontem. Do mesmo setor, os papéis da Cosan (CSAN3) vieram na sequência, com alta de 10,12%.

Ecorodovias

Também impulsionadas pelo resultado trimestral, as ações da Ecorodovias (ECOR3) avançaram 8,70%. Em balanço divulgado na noite de quarta-feira, 4, a empresa registrou lucro líquido de 89,2 milhões de reais, 53,2% acima do apresentado no terceiro trimestre de 2019 e 34,1% maior do que o consenso de mercado.  Mas, ainda impactada pelo menor fluxo de veículos em suas rodovias devido à pandemia, sua receita líquida caiu cerca de 1% na comparação anual para 771,2 milhões de reais. O que ajudou a compensar foram o fluxo de veículos pesados e o aumento nos preços das passagens.

"No geral, o resultado foi sólido, ligeiramente acima do esperado. Espertamos recuperação no fluxo de veículos e resultados crescentes nos próximos meses", comentaram os analistas Pedro Galdi e Fernando Bresciani, da Mirae Asset, em relatório.

Estreia na B3

As ações empresa de cashback Méliuz (CASH3) fecharam em queda de 6,5% em sua estreia B3, cotadas em 9,35 reais. Na oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), os papéis da companhia saíram no piso da faixa indicativa, a 10 reais. A empresa levantou 661,7 milhões de reais com a operação.

Banco do Brasil

Último dos quatro grandes bancos a apresentar resultado do terceiro trimestre, o Banco do Brasil (BBAS3) teve leve alta de 1,22% na sessão, apesar de ter reportado lucro líquido de 3,48 bilhões de reais no terceiro trimestre, queda de 23,3% na comparação com o mesmo período do ano passado e abaixo das estimativas do mercado compiladas pela Bloomberg.

Segundo os analistas da Exame Research, o lucro líquido abaixo das expectativas é neutralizado, em alguma medida, pela redução da inadimplência (de 2,43% ao fim de outubro, abaixo dos 2,84% vistos em junho) e pela redução nas provisões de créditos duvidosos (PDD), que atingiram 5,5 bilhões de reais no período, queda de 6,8% na comparação com o trimestre anterior.

Adicionalmente ao balanço, o BB informou ainda que seu conselho de administração aprovou a distribuição de 555,7 milhões de reais em juros sobre capital próprio complementar, o que representa 0,19477 por ação. O pagamento será realizado dia 27 de novembro, com os papéis sendo negociados ex-proventos a partir de 17 de novembro.

No setor, as ações da Bradesco (BBDC4), Santander (SANB11) e Itaú (ITUB4) subiram 1,55%, 2,18% e 2,36%, respectivamente. Os papéis do Itaú seguem influenciado pelo anúncio de que estuda cisão de sua participação na XP Investimentos e possível venda de 5% da fatia na corretora no mercado. A Itaúsa (ITSA4), holding do banco, avançou 4,15%. 

Com eventual movimento, os analistas do UBS acreditam que os papéis da ITSA4 devam negociar com um desconto perto de 15% na bolsa, menor do que os atuais 23,1%. Em relatório, eles reiteraram recomendação de compra para a ação, com preço-alvo em 13,00, o que implica um potencial de valorização de 38% frente ao fechamento de ontem. 

Varejistas digitais

As ações da Via Varejo (VVAR3), Magazine Luiza (MGLU3) e B2W (BTOW3), voltaram a ser influenciadas positivamente pela forte alta do índice Nasdaq, que avançou mais de 2% nos Estados Unidos. Embora não exista correlação direta, há a associação desses papéis com os de tecnologia listados no mercado americano, principalmente com os da Amazon (AMZN), que subiram mais de 2% na bolsa americana, depois de terem disparado 6% na véspera. Por aqui, Via Varejo e Magazine Luiza subiram 5,87% e 4,81%, respectivamente enquanto os papéis da B2W, 3,75%.

CSN

As ações da CSN (CSNA3) caíram 2,15% nesta sessão, figurando como a maior queda do Ibovespa no dia, mesmo após a empresa ter reiterado nesta tarde que segue comprometida com o IPO da sua unidade de mineração. O comunicado ao mercado divulgado pela empresa durante esta tarde veio após notícia do Valor, citando fontes, apontar que a companhia poderia adiar a oferta da CSN Mineração para 2021. No pior momento do dia, os papéis da siderúrgica chegaram a cair 5,27%.

Depois de que baterem na última terça-feira o maior patamar de fechamento desde junho de 2008, os papéis da companhia registraram hoje sua segunda queda seguida na bolsa, indo na contramão do otimismo do mercado e acumulando nesse período desvalorização de cerca de 6%.

4 de 77

Com o bom humor ditando o ritmo do mercado na sessão, somente 4 das 77 ações do Ibovespa fecharam no campo negativo. Depois de CSN, apareceram os papéis da Cogna (COGN3), com queda de 1,79%, além das exportadoras Suzano (SUZB3, -0,64%) e Klabin (KLBN11, -0,50%), que sentiram mais um dia de baixa do dólar.

 

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