Exame logo 55 anos
Remy Sharp
Acompanhe:

A incorporação do Credit Suisse pelo UBS foi a costura encontrada pelas autoridades suíças para evitar "enormes danos colaterais no mercado financeiro suíço e risco de contágio internacional", como definiu a ministra de Finanças, Karin Keller-Sutter. Mas essa junção dos dois maiores bancos suíços cria também um gigante global, ao menos em números.

O novo banco passa a ter US$ 5 trilhões em recursos administrados, o terceiro maior da Europa neste segmento e o 11º no mundo, segundo as estimativas do UBS em apresentação feita a analistas de mercado na noite de domingo, 19.

A aquisição aumenta em 74% o valor patrimonial do UBS.  "Fora dos planos", segundo o CEO do UBS, Ralph Hamer, a fusão se tornou um "oportunidade". O novo banco vira líder absoluto na Suíça, por exemplo. Mas também aumenta a presença nos Estados Unidos.

Outra vantagem é que, considerando sinergias, o UBS calcula redução de custos de US$ 8 bilhões até 2027. A  fusão adiciona escala e acelera os planos estratégicos em áreas de alto crescimento, segundo o UBS.

Como ficaram as ações dos dois bancos?

As ações do Credit Suisse afundam quase 60% na bolsa de Zurique, enquanto os papéis do UBS também se desvalorizam, recuando 4,70%. A corrida para anunciar a fusão visava trazer alívio aos mercaods globais, mas não surtiu efeito. Hoje as ações do setor bancário despencam em todo o mundo, com os índices da Ásia fechando no negativo e os da Europa, abertos há algumas horas, também recuando.

Questões de governança no radar

Ainda assim, não faltam questionamentos. Para a compra emergencial sair do papel, os reguladores suíços abrandaram regras. Os acionistas teriam seis semanas para avaliar e dar a aprovação ou não ao negócio, mas a compra não passará por eles.

Os reguladores também darão suporte financeiro para o UBS. Serão 25 bilhões de francos suíços (US$ 27 bilhões) em recursos disponibilizados, dos quais 15,8 bilhões de francos em títulos do banco que serão comprados pelo órgão regulador Finma (Autoridade Supervisora do Mercado Financeiro Suíço). Há ainda 9 bilhões de francos suíços para a proteção de ativos não essenciais (non-core). O valor será incorporado ao capital do UBS.

Leia mais: Credit Suisse: US$ 17 bilhões em títulos de dívida deixam de existir com a compra pelo UBS

Créditos

Últimas Notícias

ver mais
Oncoclínicas avalia nova oferta de ações e papéis caem
seloMercados

Oncoclínicas avalia nova oferta de ações e papéis caem

Há 8 horas
Itaú (ITUB4) de saída da Argentina? Banco negocia venda de filial
seloMercados

Itaú (ITUB4) de saída da Argentina? Banco negocia venda de filial

Há 8 horas
Sonda da Petrobras é retirada da região da foz do Amazonas e levada para o RJ
seloMercados

Sonda da Petrobras é retirada da região da foz do Amazonas e levada para o RJ

Há 8 horas
Santander Asset revisa crescimento de 2023 para acima de 2%, mas 2024 ainda preocupa
seloMercados

Santander Asset revisa crescimento de 2023 para acima de 2%, mas 2024 ainda preocupa

Há 9 horas
icon

Branded contents

ver mais

Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions

Exame.com

Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.

leia mais