SVB e o 'risco sistêmico' nos EUA, novo horário da bolsa, balanços e o que mais move os mercados
Investidores avaliam as medidas tomadas por Fed, Tesouro e FDIC para evitar um colapso no setor bancário americano
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Painel de cotações da B3 (Germano Lüders/Exame)
Publicado em 13 de março de 2023, 06h52.
A reação do Federal Reserve, do Tesouro dos Estados Unidos e do FDIC, que é o regulador norte-americano, ao possível colapso do Silicon Valley Bank (SVB) sobre o setor bancário dos EUA foi bem recebida pelo mercado. Na manhã desta segunda-feira, os índices futuros de Nova York operavam em alta.
Na Europa, no entanto, as bolsas estão em queda nas primeiras horas de negociação e, na Ásia, o movimento foi misto, com o principal índice de Hong Kong recuperando parte das perdas da semana passada.
Por aqui, com agenda macroeconômica fraca, os investidores devem seguir acompanhando o noticiário externo e a extensão do caso SVB, enquanto reage à continuidade da divulgação dos balanços de empresas sobre o quarto trimestre de 2022.
Desempenho dos indicadores às 6h (de Brasília):
- Dow Jones futuro (Nova York): + 0,38%
- S&P 500 futuro (Nova York): + 0,69%
- Nasdaq futuro (Nova York): + 0,90%
- DAX (Frankfurt): - 1,39%
- CAC 40 (Paris): - 1,46%
- FTSE 100 (Londres): - 1,18%
- Stoxx 600 (Europa): - 1,43%
- Hang Seng (Hong Kong): + 1,95%
Risco sistêmico no setor bancário dos EUA assusta investidor
A crise do Silicon Valley Bank, banco americano que fornecia crédito ao segmento de startups, está gerando temor nos mercados. Após o SVB, o regulador americano fechou o Signature Bank alegando risco sistêmico. O medo dos investidores é de que uma nova crise de 2008 se aproxime.
Janet Yellen, secretária do Tesouro americano, afirmou no último domingo, 12, que não há risco de contágio e enfatizou que a situação é bem diferente da crise financeira de quase 15 anos atrás, que levou a resgates bancários para proteger o setor.
Ainda assim, o Federal Reserve (Fed) anunciou a criação de um programa de emergência para tentar conter os efeitos do colapso do SVB sobre o sistema bancário dos Estados Unidos. Em comunicado, o banco central americano afirmou estar preparado para lidar com qualquer pressão de liquidez que emergir.
Novo horário de funcionamento da B3
Com o início do horário de verão nos Estados Unidos, a B3 comunicou que a partir desta segunda-feira, 13 de março, os horários de negociação dos mercados de bolsa e balcão organizado administrados pela B3 serão alterados. O pregão volta a ter uma hora a menos de negociação, encerrando às 17h -- seu horário tradicional.
Dessa maneira, o horário de negociação no mercado à vista começará às 10h e encerra às 16h55. A pré-abertura ocorre entre 9h45 e 10h, enquanto o after-makert será entre 17h25 e 17h30. Já as negociações com o Ibovespa futuro serão entre 9h e 17h55.
A mudança ocorre para adequar o horário da B3 ao funcionamento das bolsas americanas em Wall Street. Por lá, o horário de negociações passa a ser entre 10h30 e 17h (no horário de Brasília).
Balanços: Eletrobras, Natura, Inter
A temporada de balanços do quarto trimestre continua com seis balanços nesta segunda-feira. Veja a lista:
- Direcional (DIRR3)
- Eletrobras (ELET6)
- Inter (INBR32)
- Mahle Metal Leve (LEVE3)
- Natura (NTCO3)
- Technos (TECN3)
Focus após IPCA
O principal destaque macroeconômico desta segunda-feira deve ficar com a divulgação do Focus, boletim de projeções do mercado para os principais indicadores da economia brasileira.
As atenções devem se voltar para as perspectivas com a inflação após a divulgação do IPCA de fevereiro na última sexta-feira. O indicador fechou o mês de fevereiro com alta de 0,84%. O acumulado da inflação em 12 meses ficou em 5,60%.
A divulgação do Focus será feita às 8h25 (horário de Brasília).
Como a Bolsa fechou na sexta-feira, 10?
Em uma semana de forte volatilidade, o Ibovespa caiu 0,2% – sua terceira semana consecutiva no negativo. No pregão desta sexta-feira, 10, o índice caiu 1,4%, pressionado pela alta da inflação no Brasil e pela crise no sistema bancário americano.
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Créditos

Raquel Brandão
Repórter de InvestJornalista há mais de uma década, foi repórter do Estadão, passando pela coluna do comentarista Celso Ming. Também foi repórter de empresas e bens de consumo no Valor Econômico. Na Exame desde 2022, cobre companhias abertas
Beatriz Quesada
Repórter de InvestFormada pela USP, trabalha na cobertura de mercados e negócios na EXAME. Foi repórter na revista Capital Aberto e produtora na Rádio Band News FM.Últimas Notícias
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