Acompanhe:

Sem coleção de meia estação, Renner precisa dar mais descontos e vê lucro líquido cair 76% no 1º tri

Além da inadimplência ainda alta das famílias afetar as vendas, companhia admitiu erro de estratégia ao antecipar peças de outono-inverno nas lojas

Modo escuro

Continua após a publicidade
As vendas digitais cresceram 1,4%, para R$ 448 milhões de GMV (Rafael Henrique/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)

As vendas digitais cresceram 1,4%, para R$ 448 milhões de GMV (Rafael Henrique/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)

O ambiente macroeconômico e o clima continuaram desafiando o desempenho da Lojas Renner (LREN3) no primeiro trimestre, quando a companhia registrou queda de 75,6% do lucro líquido, para R$ 46,8 milhões. No quarto trimestre a companhia já havia sofrido com impacto da Copa do Mundo e temperaturas mais baixas para o verão.

Além da inadimplência ainda alta das famílias, a companhia admitiu um erro de estratégia na troca de coleção, optando por reduzir itens de meia estação e entrar mais cedo com as peças de inverno. Mas março manteve temperaturas em patamares mais altos do que a empresa esperava.

A escolha fez com que o avanço das vendas ficasse em apenas 2,2%, chegando a R$ 2,28 bilhões de receita líquida do varejo. A margem da operação também foi menor, passando de 55,1% para 54,1% por causa da maior necessidade de descontos e dificuldade de girar a coleção outono-inverno.

Veja também: Shein produzindo no Brasil: qual é o impacto para o varejo de moda nacional?

Entre as marcas do grupo, a Renner foi a de pior desempenho, coma  margem caindo 1,3 ponto percentual, para 54,1%. Já a Youcom teve margem de 60,2%, um ganho de 1,7 ponto percentual, e a Camicado, 50,3% (+1,8%).

Inadimplência continua pressionando serviços financeiros

A operação do braço de serviço financeiro da empresa também seguiu pressionada neste trimestre. O resultado ficou negativo em R$ 10,3 milhões, ante lucro de R$ 85,2 milhões um ano antes, por causa da necessidade de provisionamento para perdas por causa de inadimplência, que saltou 107%, para R$ 346,8 milhões.

A carteira de crédito da companhia somou R$ 6,15 bilhões, com os vencidos indo de 22,1%, no primeiro trimestre do ano passado, para 28,3%. Já o índice de perda líquida passou de 3,5% para 5,6%. 

Considerando o consolidado da operação, varejo e serviços financeiros, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Lojas Renner total ajustado foi de R$ 251,8 milhões, recuo de 34,3% sobre o primeiro trimestre do ano passado.

O provisionamento com perdas foi o principal fator de impacto negativo para o resultado da companhia, somado às despesas adicionais de baixa de ativos de R$ 16 milhões (R$ 10,6 milhões líquidos de impostos).

A companhia concluiu o trimestre com uma posição de caixa de R$ 2,76 bilhões e endividamento bruto de R$ 2,39 bilhões.

Créditos

Últimas Notícias

Ver mais
Uma Zegna nacional: a alfaiataria sob medida de Alexandre Won
seloRevista Exame

Uma Zegna nacional: a alfaiataria sob medida de Alexandre Won

Há um dia

Outsider da moda brasileira? Airon Martin troca desfile na SPFW por evento para multimarcas
Casual

Outsider da moda brasileira? Airon Martin troca desfile na SPFW por evento para multimarcas

Há um dia

Com economia circular e impacto social, rede de brechós Peça Rara quer faturar R$300 mi em 2024
ESG

Com economia circular e impacto social, rede de brechós Peça Rara quer faturar R$300 mi em 2024

Há 2 dias

A Casa Reserva reúne todas as marcas do pica-pau em uma só loja
Casual

A Casa Reserva reúne todas as marcas do pica-pau em uma só loja

Há 3 dias

Continua após a publicidade
icon

Branded contents

Ver mais

Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions

Exame.com

Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.

Leia mais