Mercados

Reunião do Copom e emprego americano no foco dos investidores

Além dos rumos dos juros, o PIB brasileiro para o segundo trimestre ganha destaque em semana recheada de indicadores

Após uma rápida recuperação da crise, economia americana regride e preocupa o mercado com suas fragilidades (.)

Após uma rápida recuperação da crise, economia americana regride e preocupa o mercado com suas fragilidades (.)

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Da Redação

Publicado em 27 de agosto de 2010 às 18h16.

São Paulo - Uma semana densa em indicadores, tanto internos quanto externos, aguarda os investidores a partir da segunda-feira (30). No Brasil, os destaques vão para o anúncio da nova taxa básica de juros (Selic) após o término da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) na próxima quarta-feira (1), e o PIB (Produto Interno Bruto) do país no segundo trimestre, na sexta-feira (3).

O mercado ainda está dividido sobre o rumo dos juros, atualmente em 10,75% ao ano. Para o economista Silvio Campos Neto, do Banco Schahin, os sinais indicam a permanência do ciclo de aperto monetário. "Os resultados dos últimos dados de inflação indicam a manutenção do juro básico", sustenta o economista. Para o PIB do segundo trimestre, a projeção é de alta de 7,76% na comparação com o segundo trimestre de 2009.

No cenário interno, a agenda tem ainda IGP-M na segunda-feira (30), às 8 horas, produção industrial de julho na terça-feira (31) às 9 horas; IPC-S e balança comercial mensal na quarta-feira às 8 horas e às 11 horas, respectivamente.  

Estados Unidos

O ambiente nas bolsas mundiais continuará sensível aos sinais da desaceleração da economia americana, principalmente com o pacote de indicadores do setor de trabalho nos primeiros dias de setembro. Na quinta-feira (2), serão conhecidos os pedidos de auxílio desemprego, às 9h30 de Brasíllia. Já na sexta-feira (3) são divulgados taxas de desemprego,  salário por hora e folhas de pagamento para o mês de agosto, também às 9h30. As notícias não devem ser muito boas para o já abatido mercado mundial, avalia Neto. "Não parecem haver sinais de uma despedida do pessimismo", explica o economista.

Segundo o portal Briefing.com, é esperado leve aumento do desemprego para o mês, com consenso de 9,6% ante 9,5% no mês anterior. Para os ganhos por hora, a expectativa também é de leve desaceleração, saindo de 0,2% em julho para 0,1% em agosto. A estimativa é de que 42 mil pessoas sejam contratadas no período.

Ainda na agenda americana, a semana traz renda pessoal e gastos pessoais de julho na segunda-feira (30), às 9h30; confiança do consumidor e vendas de veículos na terça-feira (31)  às 11 horas e 14 horas, respectivamente; vendas de veículos  e encomendas à indústria na quinta-feira (2), ambas às 11 horas.

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