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Remy Sharp
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Melhores perspectivas para a economia brasileira e taxas de juros bastante atrativas para o investidor estrangeiro levaram o dólar de volta para abaixo de R$ 5. Cotada perto de R$ 4,87, a moeda acumula 7,75% de queda no ano. Apesar da recente desvalorização,  o Itaú acredita que o dólar tem mais motivos para subir do que para continuar caindo até o fim do ano, indicando uma possível oportunidade de compra.

A projeção de Mario Mesquita, economista-chefe do Itaú, é de que o dólar irá fechar o ano cotado a R$ 5 2,5% acima da cotação atual. Para 2024, o banco espera que o dólar salte para R$ 5,25. A expectativa é acima do consenso do mercado, que é de dólar a R$ 5,06 para o ano que vem. Para este ano, a projeção do Itaú está exatamente em linha com a projeção mediana do mercado. 

Por que o Itaú acredita na alta do dólar?

A justificativa do Itaú para a alta do dólar é o esperado início do ciclo de corte da taxa Selic, que irá reduzir o diferencial de juros entre o Brasil e outras economias, especialmente a americana.

"O cenário externo continua beneficiando moedas de carrego, mas o início de cortes de juros bem como o maior aperto nos juros Estados Unidos devem trazer alguma desvalorização para o real ao longo do segundo semestre do ano", afirmou Mesquita em relatório. 

O economista-chefe do Itaú espera que o Banco Central inicie a redução da Selic já na próxima reunião, em agosto, com um corte de 0,25 ponto percentual p,p,). O banco também projeta sucessivos cortes de 0,5 p.p. para as decisões seguintes. Para a política monetária dos Estados Unidos, a projeção do Itaú é de mais duas altas de 0,25 p.p. até o fim do ano. Se confirmadas as expectativas do Itáu, a Selic terminará o ano a 12% (ante projeção anterior de 12,25%) e a taxa de juro americana no intervalo de 5,5% e 5,75%. Para o fim de 2024, o Itaú espera a Selic a 9,5%.

O cenário de juros mais baixos no Brasil e mais altos nos Estados Unidos deverá levar "alguma piora na dinâmica da moeda". 

O que poderia fazer o dólar cair mais?

Por outro lado, o Itaú reconheceu que o prêmio de risco doméstico tem caído desde que a S&P revisou para "positiva" a perspectiva para a nota de crédito soberano do Brasil . 

"Avaliamos que a melhora pode ser duradoura, caso o governo avance com a aprovação da reforma tributária, se a perspectiva de uma redução gradual do déficit primário a cada ano for confirmada e se novos compromissos de elevação de despesas ou retrocessos microeconômicos forem evitados. Por outro lado, decepções nesses pontos poderiam interromper a tendência de queda do prêmio de risco e potencializar o enfraquecimento da dinâmica cambial que decorrerá do cenário de corte de juros", disse Mesquita.

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