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Remy Sharp
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O Índice de Preço ao Consumido Amplo (IPCA) de julho jogou ainda mais pressão para que o Banco Central intensifique o ritmo de corte da taxa Selic nas próximas reuniões, embora tenha saído acima do consenso de mercado. Os números foram divulgados nesta sexta-feira, 11, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O IPCA de julho ficou em 0,17% ante o consenso de 0,07%. No acumulado de 12 meses, o IPCA acelerou de 3,16% para 3,99%, devido ao efeito base. Em julho do ano passado, houve deflação de 0,68%. A inflação de serviços subjacentes desacelerou para 0,19% em julho ante 0,67% em junho.

Apesar do número acima do esperado, o mercado comemorou queda da desaceleração da inflação de serviços subjacentes para 0,19% em julho ante 0,67% em junho. O número mais fraco reacende a expectativa de, em algum momento do ciclo de cortes, o Comitê de Política Monetária intensificar o ritmo de quedas. Reflexo do maior otimismo, a bolsa brasileira sobe nesta sexta, operando na contramão do exterior.

Selic: IPCA reacende esperança de corte de 0,75 p.p.

"A inflação de serviços subjacentes era uma das teclas que o BC vinha batendo que não estava cedendo e que por isso justificava a manutenção da taxa de juros. Isso é bem positivo, pois pode indicar que se continuar nessa tendência, o ritmo de corte de juros pode acelerar", disse André Fernandes, sócio da A7 Capital.

A possibilidade de o Copom acelerar a queda de juros, no entanto, vai na contramão das recentes sinalizações do Copom. Na ata da última decisão de juros, o Comitê reforçou que há uma unanimidade entre seus membros para manter o ritmo de queda de juros em 0,50 ponto percentual nas próximas reuniões.

Para o economista André Perfeito os números do IPCA foram qualitativamente melhores que o esperado, embora o número cheio da inflação de julho tenha superado o consenso. "Os núcleos retrocederam, a difusão caiu e os serviços subjacentes desaceleraram fortemente", disse em nota. "Os números podem reforçar a perspectiva de parte do mercado que haveria espaço para cortes maiores na taxa básica."

O economista, no entanto, não acredita que o Copom dará o braço a torcer facilmente e que manterá o plano de voo de 0,50 p.p. de corte por reunião. Sua projeção para a Selic é de 10,75% para o fim do ciclo de queda de juros, bem acima da projetada pelo mercado. O consenso do Focus é de 9% para a Selic do fim do ano que vem e de 8,5% para o do fim de 2025.

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