Exame logo 55 anos
Remy Sharp
Acompanhe:

Por que a Vibra, ex-BR Distribuidora, pagará R$ 3,25 bi por 50% da Comerc

Aquisição anunciada na noite de sexta representa avanço para reposicionar a companhia. Entenda

Modo escuro

Posto da Vibra Energia com a bandeira da BR Distribuidora | Foto: Victor Moriyama/Bloomberg (Victor Moriyama/Bloomberg)

Posto da Vibra Energia com a bandeira da BR Distribuidora | Foto: Victor Moriyama/Bloomberg (Victor Moriyama/Bloomberg)

D
Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2021, 15h16.

Última atualização em 9 de outubro de 2021, 22h05.

A Vibra, novo nome da ex-BR Distribuidora (BRDT3), confirmou por meio de fato relevante na noite de sexta-feira, dia 8, que fechou contrato de aquisição de até 50% da Comerc Energia por 3,25 bilhões de reais. O negócio levará a companhia de comercialização de energia, uma das maiores do país, a interromper e desistir da oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês).

Uma parte do pagamento da operação se dará por meio da emissão de 2 bilhões de reais em debêntures conversíveis em ações ordinárias de emissão da Comerc, a serem subscritas (adquiridas) pela Vibra. Essas ações vão representar 30% da comercializadora de energia.

A outra parte do acordo envolve a opção de adquirir, dos sócios da Comerc, até 20% de ações ordinárias, ao preço de 1,25 bilhão de reais. A depender do cumprimento de determinadas métricas de desempenho de longo prazo e da implantação de capacidades adicionais às previstas em seu plano de negócios, os sócios poderão receber, futuramente, a uma parcela complementar a título de "earnout".

O negócio representa um passo relevante da Vibra para deixar de ser uma distribuidora de combustíveis e lubrificantes, ainda que a líder do mercado nacional, e se tornar uma companhia de energia, com fontes de receitas diversificadas e menos dependentes de combustíveis fósseis. A estratégia tem sido conduzida pelo CEO da Vibra, Wilson Ferreira Jr., que assumiu o cargo em março.

O executivo, que esteve anteriormente no comando da Eletrobras (ELET3, ELET6) entre 2016 e 2021, é um dos principais nomes do setor elétrico nacional, com gestão elogiada e marcada pela entrega de resultados também à frente da CPFL Energia (CPFE3) entre 2002 e 2016, entre outras empresas relevantes. Desde que assumiu, as ações da Vibra (ex-BR) acumulam alta de cerca de 15%.

Em agosto, a Vibra anunciou uma joint venture com a Copersucar para a distribuição de etanol produzido pela companhia.

Segundo o fato relevante da Vibra, as debêntures terão prazo de vencimento de quatro anos, sendo conversíveis em ações ordinárias até 28 de fevereiro de 2022. O exercício da opção de compra dos 20% remanescentes deverá se dar de maneira concomitante com a conversão das debêntures, situação em que a Vibra atingirá até 50% de participação na Comerc.

"O negócio representa mais um passo no reposicionamento da Vibra para se tornar uma empresa de energia, privilegiando a transição energética e rumo a uma economia de baixo carbono. A associação está alinhada ao planejamento estratégico da companhia pois permite agregar competências complementares em uma plataforma integrada de energia, preparada para fornecer soluções para clientes finais com potencial e capacidade financeira para ser uma das mais relevantes empresas de energia do Brasil", afirmou a distribuidora.

Ainda no fato relevante, a Vibra destaca que a Comerc é "uma das principais comercializadoras de energia do Brasil", atuando na comercialização, na gestão de energia para consumidores livres, geradores e pequenas distribuidoras, em soluções de eficiência energética, baterias e plataformas de informação e tecnologia".

Os recursos que seriam captados no IPO da Comerc tinham como destino seis projetos de energia solar e dois eólicos. Além disso, 11% do total iria para investimentos em geração distribuída na área de concessão da Cemig (CMIG4), a empresa de energia elétrica do Estado de Minas Gerais.

A Comerc tem 16% do chamado mercado livre de energia, com 1.200 clientes, e presta serviços para grupos como Ambev (ABEV3), BRF (BRFS3), Whirlpool e Klabin (KLBN11).

(Com Estadão Conteúdo)

Últimas Notícias

ver mais
Dólar: vale comprar quando cai abaixo de R$ 5, diz economista do Banco Inter
seloMercados

Dólar: vale comprar quando cai abaixo de R$ 5, diz economista do Banco Inter

Há 10 horas
Suzano reduz projeção de produção de celulose em 2023
seloMercados

Suzano reduz projeção de produção de celulose em 2023

Há um dia
CVC confirma Fabio Godinho como novo CEO e aporte de capital do fundador
seloMercados

CVC confirma Fabio Godinho como novo CEO e aporte de capital do fundador

Há um dia
HSBC lança fundo de crédito de US$ 3 bilhões para empresas da China e de Hong Kong
seloMercados

HSBC lança fundo de crédito de US$ 3 bilhões para empresas da China e de Hong Kong

Há um dia
icon

Branded contents

ver mais

Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions

Exame.com

Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.

leia mais