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PicPay entra com pedido de abertura de capital na Nasdaq

Plataforma digital que pertence à JF Investimentos funciona como um superapp de serviços financeiros e carteira digital e conta com mais de 36 milhões de usuários ativos

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O PicPay conta atualmente com mais de 50 milhões de usuários de sua plataforma digital de serviços financeiros (Rogério Cassimiro/Divulgação)

O PicPay conta atualmente com mais de 50 milhões de usuários de sua plataforma digital de serviços financeiros (Rogério Cassimiro/Divulgação)

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Marcelo Sakate

Publicado em 21 de abril de 2021, 16h54.

Última atualização em 21 de abril de 2021, 18h46.

O PicPay, o superapp de serviços financeiros com mais de 50 milhões de usuários, acaba de entrar com pedido para realizar o IPO (oferta pública inicial, em inglês) na Nasdaq, a bolsa que reúne as empresas de tecnologia. O registro nesta quarta-feira, 21, foi feito na Securities and Exchange Commission (SEC), o órgão que regula o mercado de capitais nos Estados Unidos.

O valor pretendido com a oferta não foi divulgado, bem como a quantidade de ações que serão negociadas. Haverá duas classes de papéis, a A e a B, sendo que os detentores desta, os sócios controladores — a família dos irmãos Joesley e Wesley Batista por meio da holding JF Investimentos — terão um poder de voto de dez vezes a ação normal (da A).

A companhia tem cinco frentes de negócios: carteira digital, marketplace de serviços financeiros, marketplace de produtos em geral (o PicPay Store), rede social e anúncios. Com os recursos da operação, pretende acelerar o crescimento com a oferta de novos produtos, como investimentos e seguros, e fazendo aquisições se necessário. E ganhando escala.

É algo que já vem ocorrendo nos últimos anos. A empresa encerrou o ano passado com um TPV (volume total de pagamentos) projetado de 49,3 bilhões de reais (a partir dos dados de dezembro) e um prejuízo de 803,7 milhões de reais, segundo informações do documento na SEC. O TPV projetado a partir dos números de março subiu para 57,5 bilhões de reais.

O PicPay atua em um dos segmentos de maior disputa no mercado atualmente: o de serviços financeiros digitais. Enfrenta a concorrência dos bancos digitais nativos, como BTG+, Nubank, C6 Bank, Banco Inter (BIDI11), e das versões digitais dos grandes bancos; e também de fintechs que ampliam gradualmente o cardápio de serviços para pessoas físicas.

Também estão nessa briga players que inicialmente eram dedicados a serviços específicos, como as empresas de meios de pagamento, como Cielo (CIEL3), PagSeguro e Stone; e gigantes de e-commerce como Mercado Livre, Magazine Luiza (MGLU3) e B2W (BTOW3), entre outros.

O objetivo em comum a todos é rentabilizar em cima da oferta de um número crescente de produtos financeiros, como cartão de crédito, tarifas cobradas sobre transações e, principalmente, empréstimos.

A informação da base de mais de 50 milhões de usuários foi divulgada na última semana. No fim de março, havia 36,6 milhões de usuários ativos, que haviam realizado pelo menos uma transação nos 12 meses anteriores.

A oferta está sendo coordenada pelo BTG Pactual (líder), Bradesco BBI, Santander e Barclays.

De Vitória para Nova York

O PicPay foi fundado em 2012 pelos empreendedores Anderson Chamon, Dárcio Stheling e Diogo Roberte, em Vitória (Espírito Santo); desde 2015, pertence à JF Investimentos, a holding da família Batista, controladora também da JBS e do Banco Original, entre outras empresas.

A JF Investimentos, que acaba de anunciar um novo presidente (Aguinaldo Gomes Ramos Filho), tem como principais acionistas os irmãos Joesley e Wesley Batista, cada um com 37,495% das ações totais.

Com o pedido de abertura de capital no exterior, o PicPay segue os passos de duas empresas brasileiras de serviços financeiros que buscaram também o acesso a investidores internacionais nos últimos anos, o PagSeguro (que realizou o seu IPO na bolsa de Nova York) e a Stone (na Nasdaq).

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