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Petróleo cai a menor nível desde novembro com renúncia

O contrato do petróleo para março negociado na Bolsa Mercantil de Nova York caiu US$ 1,15, ou 1,32%

Protestos no Egito: locais sem presença da polícia são patrulhados por civis (Peter Macdiarmid/Getty Images)

Protestos no Egito: locais sem presença da polícia são patrulhados por civis (Peter Macdiarmid/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 11 de fevereiro de 2011 às 19h14.

Nova York - Os preços dos contratos futuros do petróleo fecharam em queda, reagindo à renúncia do presidente do Egito, Hosni Mubarak, após 18 dias de protestos contra seu governo. A notícia tranquilizou investidores que estavam preocupados com a possibilidade de um agravamento nas tensões bloquear o tráfego de navios petroleiros no Canal de Suez e também o fluxo do oleoduto de Sumed. Juntas, as duas estruturas escoam diariamente mais de 3 milhões de barris por dia da commodity e de seus derivados para a Europa e outros mercados.

"Se tivessem se tornado violentos, os protestos poderiam ter elevado o potencial de interrupção no fornecimento. As chances de isso acontecer agora diminuíram, pelo menos hoje", disse Dominick Chirichella, analista de petróleo do Energy Management Institute.

O contrato do petróleo para março negociado na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês) caiu US$ 1,15, ou 1,32%, para US$ 85,58 por barril - o menor preço de fechamento desde novembro. Na plataforma ICE, o contrato do petróleo tipo Brent subiu US$ 0,56, ou 0,55%, para US$ 101,43 por barril.

Os preços do barril do petróleo Brent subiram 4,5% desde que os protestos começaram, no final de janeiro, indicado que os participantes do mercado ainda acreditam na possibilidade de uma eventual interrupção no fornecimento de petróleo para a Europa. Já os barris negociados na Nymex superaram US$ 92 por barril no mês passado, mas devolveram todos os ganhos, em parte porque o nível dos estoques de petróleo em Cushing - ponto de entrega física dos contratos negociados na Nymex - estão muito elevados.

"Não estamos fora de perigo ainda", disse Rich Ilczyszyn, operador da Lind-Waldock. "O negócio do contágio é algo que ainda pode acontecer", acrescentou, fazendo referência ao receio de que mais protestos contra o governo surjam em outros países do Norte da África e do Oriente Médio, causando instabilidade política numa região com grande volume de exportação de petróleo. "Eu não ficaria vendido em petróleo de forma alguma", afirmou.

"Nós nos livramos do problema que conhecíamos, agora podemos ter problemas que não conhecemos", disse Stephen Schork, diretor da consultoria Schork Group. "O mercado não sabe o que fazer". As informações são da Dow Jones.

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