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Remy Sharp
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reiterou nesta terça-feira, 21, que o governo suspenderá, quando possível, as vendas de todos os ativos da Petrobras (PETR3/ PETR4), mas que há entraves jurídicos para isso no caso de contratos já feitos.

"A Petrobras a gente já avisou para o presidente dela, o companheiro Jean Paul [Prates], de que é preciso suspender todas as vendas de ativos. Não tem condição de continuar vendendo", disse Lula sobre a estatal, em entrevista nesta manhã ao portal Brasil 247.

Na semana passada, a estatal Petrobras (PETR3/ PETR4) respondeu ao ofício do Ministério de Minas e Energia (MME) afirmando que "não verificou fundamentos" para suspender as assinaturas de contratos de desinvestimentos, como a venda do Polo Potiguar à 3R (RRRP3). “Os processos em que não houve contratos assinados seguirão em análise”, acrescenta a empresa.

Lula diz que alguns contratos já assinados podem ir para Justiça

Perguntado sobre os processos que a Petrobras diz que irá continuar, Lula disse que alguns casos se tratam de contratos já feitos. "Obviamente, as pessoas já tinham feito contrato com algumas coisas, tudo isso. Tem uma briga jurídica", disse.

O presidente não detalhou quais contratos estão no radar, mas afirmou que a suspensão da venda dos ativos diz respeito à reformulação da atuação da Petrobras que o governo tenta promover.

"A gente vai voltar a fazer com que a Petrobras seja uma grande empresa de investimento neste país. A Petrobras não foi feita para exportar óleo cru. É uma empresa de energia, tem que estar preocupada com gás, com óleo diesel, com biodiesel", disse Lula.

Ao falar à imprensa no início do mês após os resultados do trimestre da Petrobras, o presidente da estatal, Jean Paul Prates, já havia afirmado que não haveria interferência em ativos já vendidos dentro das regras, mas que processos com problemas ou não finalizados seriam revisitados pelo governo federal, na condição de acionista controlador.

Eletrobras

Lula também comentou sobre a situação da Eletrobras, cuja privatização no ano passado chamou de "crime de lesa pátria". "Você privatizou uma empresa daquele porte e utilizou o dinheiro pra quê? É como se você tivesse a sua casa e resolvesse vender a sua casa para pagar dívida", disse. "Não existe sinais de que vai baixar o preço da energia para o povo brasileiro."

Lula criticou o preço de venda da Eletrobras e o aumento dos salários dos conselheiros e executivos, além da baixa fatia de votos do governo no desenho da privatização.

"Esses absurdos é que a gente vai tentando ver como a gente vai mudar", disse Lula. O presidente afirmou que o grande número de fundos com ações da empresa é uma dificuldade para o governo e que o preço de recompra de ações é alto por uma cláusula no desenho da privatização, mas que espera que o governo possa, "um dia", retomar o controle da empresa.

"Um grande monte de fundos comprou, o que tem mais, tem 4%. É uma situação difícil", disse. "Já tem fundo que pensa em vender. Espero que um dia, se a gente tiver condições, a gente volte a ser o dono da maior empresa de energia que esse país tem."

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